Incidência de cigarrinhas-do-milho cresce em média 65%
A média estadual da incidência da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina aumentou 65% na 16ª semana de monitoramento, na comparação com as duas semanas anteriores. “Isso é esperado, visto que algumas lavouras estão em período reprodutivo, e, devido à altura das plantas, o manejo de insetos é dificultado”, detalha Maria Cristina Canale Rappussi Da Silva, pesquisadora da Epagri responsável pelo monitoramento.
O boletim da 16ª semana de monitoramento destaca ainda a detecção do fitoplasma do enfezamento-vermelho em vários locais do Estado. Os vírus rayado-fino e do mosaico estriado também têm sido encontrados por várias semanas consecutivas.
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Já o espiroplasma do enfezamento pálido tem aparecido pouco nos diagnósticos. Maria Cristina lembra que essa é uma situação interessante para o produtor rural, já que essa bactéria pode ser muito agressiva quando infecta a planta.
Programa Monitora Milho e aplicativo
O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC. É uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.
O monitoramento consiste em armadilhas instaladas em lavouras de todo o Estado, de forma a representar a realidade das regiões produtoras de milho. As armadilhas capturam as cigarrinhas, que são analisadas em laboratório para detectar a sua infecção pelos patógenos causadores das doenças do complexo dos enfezamentos.
Para ajudar a cadeia produtiva no monitoramento e controle desse inseto em Santa Catarina, a Epagri desenvolveu o aplicativo Monitora Milho SC. O app, disponível para download gratuito, permite aos produtores e técnicos acompanhar a incidência da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina para tomar decisões mais precisas sobre o manejo. Essa ferramenta também traz informações sobre a infectividade da cigarrinha com os patógenos do complexo do enfezamento.
(Com Epagri)