Emater mobiliza ações de reconstrução no RS

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: Deise Froehlich, jornalista da Emater/RS-Ascar na região de Santa Rosa

Após os eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul, a Emater/RS-Ascar realiza ações conjuntas em prol da reconstrução do modo de vida dos habitantes e produtores rurais do Estado. A Instituição efetua trabalhos voltados para o desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural, inseridos em uma perspectiva de atuação socialmente justa, ambientalmente sustentável e economicamente viável, que possibilite o retorno e a permanência das famílias no meio rural.

Elisângela Froehlich, extensionista e chefe da Assessoria de Assistência Social da Emater/RS-Ascar, esclarece que, diante da tragédia que arrasou o Estado, a Instituição atua em três etapas. A primeira, enumera a extensionista, ocorreu durante a tragédia, no intuito de garantir a sobrevivência e o acolhimento das famílias atingidas que, em muitos casos, necessitaram de resgate, pois perderam ou deixaram temporariamente suas casas. Graças aos profissionais da Extensão Rural e Social, muitas famílias foram encontradas e tiveram acesso a alimentos, mantimentos e insumos para consumo próprio e para o trato dos animais, recorda.

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A segunda etapa foi determinada pelo levantamento de dados e informações, para serem utilizados pelos governos Federal, Estadual e municipais na elaboração de laudos de emergência ou de calamidade pública e na criação de políticas públicas. Para a extensionista, os dados apresentados são transversais e, mesmo com o levantamento da Emater/RS-Ascar a respeito das perdas da agricultura familiar e das comunidades tradicionais, ainda não é possível mensurar tudo o que foi perdido no espaço rural do RS. O que fica agora é a pergunta quem vai ficar naquele espaço rural? Quem ainda tem força de vontade para reconstruir? E é ali que nós entramos com nossos extensionistas, declarou.

O momento atual é pontuado por Elisângela como a terceira etapa, de retomada, momento em que a Emater/RS-Ascar desenvolve, junto às famílias e em parceria com outras entidades, as medidas com as quais atuará em benefício da reconstrução do RS, além de divulgar as políticas emergenciais do Governo do Estado e do Governo Federal. É o que a nossa Instituição faz há 69 anos e vai continuar fazendo, destaca Elisângela, a respeito do apoio ao produtor rural do RS.

Uma medida adotada pela Instituição foi a instalação de escritórios em áreas rurais onde o acesso às sedes municipais esteja dificultado, de forma a assegurar para as famílias os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), assim como a disponibilização de instalações físicas, materiais e equipamentos para outras entidades e instituições que trabalham na linha de frente, cita Elisângla, que cita também a articulação para aproximar produtores e consumidores de alimentos em diferentes municípios, com diferentes graus de exposição à tragédia; a mediação para o escoamento da produção das famílias, de forma que as mesmas não percam a totalidade de sua renda; o apoio na limpeza de propriedades; o socorro a animais e a prevenção de zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas.

Diante de um cenário onde 206.604 propriedades rurais foram atingidas, os extensionistas tiveram participações ativas em Comitês Municipais de crise, além de apoiar as gestões municipais e a Defesa Civil na identificação e no acesso às famílias pelas estradas rurais, visto que as equipes da Emater/RS-Ascar sabem onde residem as famílias, povos e comunidades tradicionais, e conhecem rotas alternativas para acessar esses locais. Precisamos lembrar que é esse espaço que coloca alimentos na nossa mesa”, avalia a extensionista, ao referir-se ao meio rural gaúcho.

(Com Emater/RS)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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