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Segundo a ABPA, desabastecimento de aves e suínos no RS é inevitável

Redação Sou Agro
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No último domingo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, declarou que as inundações afetarão as cadeias produtivas de proteínas animais, pois aves e suínos não estão sendo entregues aos frigoríficos para abate, o que pode levar a um desabastecimento. “O próprio frigorífico foi atingido e está colapsado. Isso impacta os trabalhadores e gera uma questão de desabastecimento”, disse ele. De acordo com o governador, medidas de apoio serão necessárias para a reconstrução das unidades de produção agropecuária devido ao problema de abastecimento.

“Estamos diante de um cenário bastante caótico”, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ele mencionou que ainda é prematuro calcular os prejuízos, pois a prioridade é salvar vidas. Além disso, muitas áreas ainda estão sem acesso a telecomunicações.

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Santin informou que pelo menos sete plantas de processamento de aves e suínos estão paralisadas no estado. Em cinco delas, as inundações impossibilitaram o transporte dos trabalhadores. As outras duas enfrentam falta de insumos ou de água potável.

As enchentes nas cidades, a interrupção das estradas e a destruição de pontes comprometem a cadeia produtiva. Em vários casos, as rações não chegam aos produtores, e o transporte dos animais é inviável. Muitos trabalhadores foram deslocados de suas casas ou não conseguem acessar as fábricas, e a produção de carne está sem contêineres ou rotas de escoamento.

A ABPA considera “inevitável” o desabastecimento de carne e ovos nos supermercados do estado. Os efeitos também podem se estender além das fronteiras do Rio Grande do Sul, que responde por 11% do abate de frangos e 20% do abate de suínos no Brasil.

As empresas estão implementando medidas emergenciais, como a troca de rações entre unidades mais próximas que possuem algum acesso logístico, para assegurar a alimentação dos animais. A ABPA também está em diálogo com o Ministério da Agricultura para realocar o abate dos animais.

(Com Assessoria)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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