CNA vai promover o agro brasileiro na China
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai levar um grupo de empresários rurais e promover uma série de ações, de 27 a 31 de maio, em Xangai, na China. A iniciativa faz parte das celebrações dos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países.
A missão comercial da CNA prevê a realização de um seminário, rodadas de negócios, visitas técnicas a redes varejistas, restaurantes e participação na Sial Shangai 2024, principal feira chinesa de produtos agroalimentares.
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Na comitiva estarão empresários rurais brasileiros inscritos no projeto Agro.BR, uma parceria da CNA com a Apex-Brasil para ampliar e diversificar a pauta exportadora do agro.
O primeiro evento da programação em Xangai, na segunda (27), prevê um seminário pra discutir o comércio bilateral, o papel do Brasil na diversificação de produtos para o mercado chinês, as oportunidades do e-commerce e os desafios e oportunidades do comércio alimentício Brasil-China.
Já na terça (28) e quarta (29), a agenda será na Sial Shangai 2024 onde haverá visita guiada, reuniões institucionais e de negócios com parceiros presentes na feira. O grupo também visitará o Centro de Intercâmbio de Café na zona piloto de livre comércio (FTZ) de Xangai, com representantes da Apex-Brasil e da InvestSP.
As visitas técnicas fazem parte da última etapa da missão e irão ocorrer na Aliança de Comércio Eletrônico e Livestreaming de Xangai, no supermercado Ole – onde 70% dos produtos vendidos são importados – nas plataformas Green Land Global Trade Port e ZhenKunHang (ZKH), e a RT-Mart (marca líder de varejo de supermercados na China).
Para o assessor de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues, a presença da CNA a SIAL é um marco importante para o agro brasileiro, já que é a primeira ação na China dentro das comemorações dos 50 anos das relações diplomáticas com o país.
A China é o principal mercado para as exportações do agro brasileiro e responde por 36,2% ou US$ 166,5 bilhões. Em 2023, os embarques de soja em grãos para o país chinês, por exemplo, foram de US$ 1,2 bilhão, um volume de 86,5% do total exportado.
“Hoje os produtos que exportamos são majoritariamente grãos e carnes, mas a China é um país com consumo sofisticado e que tende a crescer em termos de poder aquisitivo, o que gera diversas oportunidades para a diversificação de pauta e para o acesso de produtos não tradicionais no comércio internacional”, afirmou Rodrigues.