O Paraná é o maior produtor de erva-mate do Brasil. Em 2022 (último dado disponível), foram mais de 379 mil toneladas, totalizando R$ 556,5 milhões em valor de produção de uma cadeia que não para de crescer e se diversificar. Além do tradicional chimarrão, a erva-mate já compõe alimentos, bebidas, cosméticos, aliando características sensoriais à saúde e ao bem-estar.
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Para dar suporte à produção estadual, é preciso profissionais capacitados. Para colaborar com esse processo de profissionalização no campo, o SENAR-PR busca novos instrutores para o curso “Trabalhador na cultura de erva-mate”. A contratação faz parte de uma estratégia de reformulação dos treinamentos nesta área, que também envolve novos materiais didáticos. “Atualizamos o programa voltado à erva-mate. Queremos dar um salto de qualidade para que os produtores, lá na ponta, possam aproveitar os bons preços”, avalia Neder Corso, técnico do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR.
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O edital de seleção segue aberto para inscrição até 22 de abril. Podem participar pessoas jurídicas, com exceção de empresas individuais, Microempreendedores Individuais (MEI), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) e cooperativas. Inicialmente, o SENAR-PR busca profissionais com formação em Agronomia ou Engenharia Florestal, mas podem ser avaliadas possibilidades de Ensino Superior completo em outras áreas, mediante experiência prévia com cultivos e treinamentos envolvendo a erva-mate.
Capacitações
Atualmente o SENAR-PR oferece quatro títulos nessa área: “Erva-mate – adubação, tratos culturais e podas”; “Erva-mate – integrado”; “Erva-mate – pragas e doenças” e “Erva-mate – produção”.
Segundo o técnico do SENAR-PR, a proposta agora é oferecer quatro novos módulos independentes, que podem ser feitos de forma individual ou combinados. “A ideia é ter um módulo mais voltado à parte de planejamento e implantação de ervais cultivados, outro módulo direcionado ao sistema de podas, um focado em adubação e um quarto módulo com foco nas plantas daninhas, pragas e doenças”, explica. “Toda essa proposta traz um olhar voltado à produção sustentável, de acordo com os preceitos do Sistema de Produção Erva 20, desenvolvido pela Embrapa Florestas”, complementa.
Esse sistema de produção é voltado para, além do aumento de produtividade e melhoria da qualidade, a sustentabilidade ambiental e social da atividade ervateira. Enquanto o rendimento médio dos ervais brasileiros gira em torno de 8,5 toneladas por hectare, o sistema proposto pela Embrapa Florestas prevê produção de 20 toneladas por hectare.
(Com André Amorim, Faep)