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Mudanças climáticas preocupam produtores de cebola

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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Produtores nordestinos de cebola estão em alerta com as altas temperaturas que atingem as praças de Irecê (BA), Vale do São Francisco (PE/BA) e Baraúna (RN) neste mês de novembro.

Colaboradores consultados pela equipe Hortifrúti/Cepea relataram aumento de pragas e calibre inferior dos bulbos. Já no Sul do País, são as chuvas intensas que deixam produtores preocupados.

 

Em Ituporanga (SC), as precipitações impediram a realização de qualquer manejo nas roças durante uma semana (de 13 a 17/11). Posteriormente, quando a colheita foi possível, a comercialização esteve lenta, uma vez que a qualidade das cebolas foi inferior, e o tempo de cura aumentou devido à alta umidade.

Em Guarapuava e Irati (PR), apesar de produtores conseguirem colher e comercializar um maior volume de cebolas, a qualidade está bastante prejudicada, com podridão e bacterioses.

SC MAIOR PRODUTOR DE CEBOLA

Com 33% da produção do país, Santa Catarina destaca-se como o maior produtor nacional de cebola. Para manter a excelência e a liderança no setor, os produtores concentram esforços utilizando as melhores práticas produtivas e tecnologias avançadas.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Sistema Faesc/Senar-SC) e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Zeferino Pedrozo , reconhece o importante potencial catarinense na produção de cebola e frisa que os avanços resultam do comprometimento dos produtores com a inovação.

O dirigente salienta que a cebola é uma das principais hortaliças com expressiva importância econômica no estado e em todo o país. “Os sistemas de produção são variados e inovadores, a cadeia produtiva está bem estruturada e conta com apoio de entidades, órgãos, agentes financeiros, instituições de pesquisa, entre outros, que são essenciais para o fortalecimento dos negócios do setor ”.

O extensionista rural da Epagri, Daniel Schmitt , destaca que a área de produção catarinense tem oscilado muito pouco nos últimos 10 anos e têm ficado em torno de 17.500 hectares. A microrregião de Ituporanga é a de maior produção no estado, com 8.198 hectares, responsável por 46,51% da área plantada, seguida pela microrregião do Tabuleiro, situada na situada na mesorregião da Grande Florianópolis, com 3.180 hectares, o equivalente a 18,04% da área.

A microrregião de Joaçaba ocupa a terceira posição, com 1.832ha, ou 10,39%, e a microrregião de Rio do Sul, com 1.545 hectares, significando 8,76% da área plantada no estado. As demais microrregiões (Tijucas, Canoinhas e Campos de Lages) somam 2.870 hectares, perfazendo 16,83% da área plantada.

O presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohrressalta que a produção é fundamental para o movimento econômico do município, reconhecido como a capital nacional da cebola. “Nossas expectativas para a safra 2022/2023 incluem aumento da produtividade e disponibilização, ao mercado, de um produto com excelente qualidade. Entre as importantes características da cebola catarinense está o fato de serem reconhecidas no mercado nacional por terem coloração mais vermelha e mais casca”.

(Com Cepea e CNA)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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