Em suas primeiras projeções sobre as tendências mundiais da exportação de carne de frango em 2024, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima aumento anual que não chega a 3%, ao mesmo tempo em que projeta para o Brasil expansão de quase 4%, o maior índice entre os quatro principais players do setor. Se isto se confirmar, o Brasil estará exportando pouco mais de 5 milhões de toneladas de carne de frango, quase 36% dos 14,002 milhões de toneladas previstos para o próximo ano.

Tal desempenho chama a atenção do USDA que, em seu relatório de outubro corrente, destaca a dominância do Brasil na exportação de carne de frango. De fato, são vários os fatores que ressaltam a participação brasileira no quadro mundial de exportadores do produto.

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Assim, por exemplo, enquanto as exportações norte-americanas tendem a aumentar não mais que 1% (2,7 pontos percentuais menos que as brasileiras), as da União Europeia sugerem estabilidade pelo terceiro ano consecutivo. Porque – explica o USDA – além da produção e das exportações europeias serem afetadas pela ocorrência da Influenza Aviária, os regulamentos sobre o uso de medicamentos veterinários e a futura legislação sobre bem-estar animal geram incertezas no setor e desestimulam novos investimentos.

Pelas projeções do USDA, apenas o bloco dos “demais exportadores” (responsáveis por 20% das exportações mundiais previstas) deve registrar índice de expansão superior ao do Brasil. Mais exatamente, de 5,8%. Porém, o volume adicional decorrente dessa expansão – em torno de 150 mil toneladas a mais que o exportado em 2023 – ainda é inferior ao adicional previsto para o Brasil: 180 mil toneladas a mais que os 4,845 milhões de toneladas do corrente exercício.

Como sempre, não custa ressalvar que em suas estimativas o USDA continua desconsiderando as exportações de pés/patas de frango. Por isso seus números referentes às exportações brasileiras ficam sempre aquém do que vem sendo apontado internamente. Por aqui já se sabe que em 2023 (e não em 2024), o volume de carne de frango chegará aos 5 milhões de toneladas. No mínimo, ficará muito próximo disso.

(Com Avisite)

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(Débora Damasceno/Sou Agro)