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Mais eficiência reprodutiva na pecuária? Sim, é possível!

Tatiane Bertolino
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Na pecuária de cria existem dois fatores que estão diretamente conectados e são fundamentais para otimizar a operação e alcançar os objetivos: a nutrição e a reprodução do rebanho. De acordo com a equipe técnica da Nutricorp, matrizes em estado nutricional adequado apresentam melhor eficiência reprodutiva, fazendo com que elas se tornem prenhes mais rápido e gerem bezerros de melhor qualidade, resultando em maior eficiência produtiva no sistema.

“A eficiência produtiva da pecuária do rebanho de cria é a capacidade de produção de quilos de bezerros desmamados por vaca apta à reprodução. O primeiro passo é tornar a matriz prenhe, ou seja, otimizar a eficiência reprodutiva do rebanho. Além da confirmação da prenhez das matrizes, é importante o momento em que a ela se tornou prenhe durante a estação reprodutiva ou estação de monta (EM)”, comenta a equipe.

O segundo passo, é otimizar a qualidade do bezerro que será desmamado, ou seja, desmamar um animal mais pesado. Dessa forma, diversos fatores podem impactar o peso de desmama, tais como: genética, sanidade (morbidade e mortalidade), lactação e a nutrição para vaca-bezerro (gestação).

Nesse sentido, dentro da pecuária de cria a adequação dos manejos com as estações do ano trazem benefícios para operação como um todo, de forma que as matrizes fiquem prenhes e passem o terço inicial e médio de gestação nos períodos com melhor oferta e qualidade de forragem (período das águas), para parirem no período da seca.

“No centro oeste brasileiro, por exemplo, o clima é caracterizado por períodos chuvosos (novembro – abril) e períodos de seca (maio – outubro) bem definidos, o que pode impactar na oferta, quantidade e qualidade de forragem”.

As matrizes que se tornam prenhes no início da estação de monta, ou seja, também das chuvas (novembro/dezembro), passarão maior tempo de sua gestação com oferta de forragem em quantidade e qualidade. Em nível de desenvolvimento fetal, o terço inicial é responsável principalmente pela organogênese (formação dos órgãos) e o terço médio pela miogênese (formação das fibras musculares).

Com o início da gestação na EM, os bezerros nascem no período mais seco do ano (maio a outubro) e não enfrentam problemas como lama e umidade, o que reduz os riscos de infecções e doenças, uma vez que o animal no início de sua vida ainda não possui o sistema imune maduro e consequentemente baixa imunidade.

“Como consequência, o planejamento do momento do nascimento com o menor risco sanitário aos recém-nascidos reflete em animais mais saudáveis durante a fase inicial da vida produtiva, evitando um retardo do desempenho (morbidade) e resultando em melhores índices zootécnicos ao desmame (ganho de peso diário e peso vivo)”, ressalta a equipe.

Com Assessoria

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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