Autoridades e produtores rurais apresentam proposta de mudança no calendário do plantio da soja no RS
Uma proposta de regionalização do Rio Grande do Sul em relação ao calendário de plantio da soja foi apresentada a técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e encaminhada ao Ministério. A decisão ficou acertada entre representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e de entidades do setor durante reunião híbrida. O documento foi elaborado dentro dos limites estabelecidos pelo Mapa, orientando regiões que necessitam de mais do que 100 dias para a semeadura da soja na safra 2023/2024.
“Temos situações em que há produção de grãos como milho e cereais de inverno, estratégicos para o Estado, e que atrasam a semeadura da soja na mesma área, sendo necessário um período mínimo de 120 dias, entre 1º de outubro e 28 de janeiro, para o cultivo da oleaginosa no Rio Grande do Sul, e não de 100, como definiu o Mapa”, explicou o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti.
Por outro lado, segundo Felicetti, dificuldades inerentes à semeadura durante a safra de verão, como implicações climáticas, podem dificultar ao produtor atender o período. “Nesse sentido, estamos buscando ampliar a janela de plantio em algumas regiões, bem como definir excepcionalidades para produtores que não conseguirem semear nos prazos definidos. Trabalhamos para que nenhum produtor seja afetado negativamente com a medida, que é importante para a manutenção das produtividades e sanidade da cultura da soja no Rio Grande do Sul”, argumentou Felicetti.
Ele ressaltou ainda que, no ano passado, no ciclo 2022/2023, a janela de plantio ocorreu entre 15 de outubro e 28 de fevereiro, totalizando 140 dias.
De acordo com o secretário adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, a Seapi entende que o posicionamento do setor está tecnicamente correto. “No Rio Grande do Sul, por suas peculiaridades, cabe um calendário maior do que o proposto pelo Ministério. Os produtores precisam que seja de 120 e até de 130 dias em algumas regiões para o plantio de soja”.
Participaram do encontro representantes da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Associação dos Produtores de Soja do Estado do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Sistema Ocergs -Sescoop/RS, Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) e Emater/RS-Ascar.
Com Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul