Foto: Envato

Preço e condições climáticas impactam diretamente o agro

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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No Rio Grande do Sul, a colheita de milho foi concluída. É período de intensa atividade para determinar a área a ser cultivada na safra 2023/2024, após a divulgação do Plano Safra e a alocação de recursos para a cultura. O preço baixo ainda desestimula o cultivo do cereal. Em razão do maior risco climático associado à cultura, os produtores buscam obter maiores margens de lucro em comparação à soja, ao decidir sobre a área a ser cultivada. No momento, somente o aumento do preço pode ampliar essa margem, uma vez que os insumos já estão precificados no custo de produção, e a maioria deles já foi adquirida ou reservada.

Já a cultura da soja está em entressafra. Durante este período, os preços da oleaginosa podem ser acompanhados no documento Cotações Agropecuárias, elaborado pela Emater/RS-Ascar/ Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises, disponível AQUI.

Feijão 2ª safra

A área de cultivo em 2ª safra é de 20.127 hectares. A produtividade estimada é de 1.376 kg/ha. A colheita encontra-se em estágio bastante avançado e está prestes a ser concluída. No entanto, o progresso foi impactado pelo período úmido, resultando em atrasos. Prevê-se que seja finalizada nos próximos dias, à medida que diminui a umidade.

OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS
Na região de Porto Alegre, os agricultores de hortaliças folhosas das áreas atingidas pelo ciclone extratropical, no Litoral e na encosta do Vale do Paranhana, ainda restabelecem as lavouras e glebas. As condições climáticas permitiram realizar atividades de preparo do solo. Entretanto, a falta de mudas limita o rápido estabelecimento das lavouras de olerícolas. O abastecimento ainda está sendo mantido.

Na região administrativa da Emater-RS/Ascar de Bagé, os produtores de oliva da região da Campanha estão realizando podas de formação, nos pomares jovens, e de produção naqueles de idade superior a quatro anos. Os picos de elevação de temperaturas em junho, que se aproximaram de 30°C, promoveram o início da emissão de inflorescências na cultivar Koroneiki em algumas propriedades. Essa situação gera certa preocupação, pois ainda podem ocorrer eventos de frio intenso até meados de setembro e, consequentemente, comprometer o potencial dessa cultivar, que tem se destacado como uma das mais adaptadas e produtivas no Estado.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
Embora as baixas temperaturas tenham ocasionado a redução da capacidade de rebrote das pastagens, os plantios de inverno (aveia e azevém) estão com bom desenvolvimento. A presença de umidade e luminosidade beneficiaram o crescimento das forrageiras. A chuva permitiu a realização de novas adubações. A queda significativa dos preços de fertilizantes tem levado os produtores a optarem por outros nutrientes, como fósforo, potássio e enxofre, além do nitrogênio.

BOVINOCULTURA DE LEITE

A maior disponibilidade de pastagens possibilitou a recuperação e a elevação da produtividade leiteira. O tempo frio e úmido proporcionou condições ideais para o aumento de consumo de alimentos pelos bovinos leiteiros, favorecendo o conforto e o bem-estar do rebanho. No geral, houve redução nas infestações por carrapato bovino.

APICULTURA

A redução parcial das chuvas e de temperaturas amenas possibilitaram a movimentação externa das abelhas. Essas condições também facilitaram aos apicultores a revisão e a limpeza das colmeias e dos acessos. O período também está sendo propício para a confecção de novas caixas e para a preparação de caixas-iscas, que serão utilizadas na captura de novos enxames, no início da próxima primavera. No geral, os enxames ainda apresentam boa sanidade.

PESCA ARTESANAL

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a pesca na Lagoa dos Patos está em período de defeso até 30 de setembro. Em Pelotas, ocorre a comercialização somente de pescado em estoque. As colônias de pescadores seguem o encaminhamento de documentação para acessar o seguro defeso, mas os pagamentos dos beneficiários ainda não iniciaram. Na região de Santa Rosa, em Garruchos, com a melhora das condições da água no Rio Uruguai, os pescadores relatam bons resultados, principalmente em relação à pesca de piavas e de grumatãs.

(Com Emater/RS)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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