Ritmo da produção de bovinos impacta setor de alimentação animal
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulga a prévia do setor de alimentação animal em 2023, com a produção total de rações atingindo 20,5 milhões de toneladas no primeiro trimestre do ano, montante inferior aos 20,7 milhões de toneladas alcançadas no último trimestre do ano passado, ou seja, recuo de 1,1%. Em 2022 o setor avançou 1,3% e o cenário projetado para o corrente ano, inclusive, é de pouco mais de 2%.
O desempenho inferior, apurado no período, se deveu ao menor ritmo das cadeias produtivas de bovinos de corte e de leite, à estabilidade na produção de suínos e frangos de corte, apesar do avanço com as poedeiras, aquacultura e pet food.
Para a projeção anual dos segmentos do setor de alimentação animal num comparativo entre 2023 e 2022, o destaque deve continuar com o setor de Cães e Gatos, com a previsão de crescimento de 4,9%, sob forte influência do fator afetivo/psicológico dos tutores. Suínos e Aquacultura, 4% e 9,7% respectivamente, podem manter ritmo de crescimento superior aos demais.
Assim para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, “são vários fatores que modulam o desempenho do setor, dos prós aos contras. Até o momento, a perspectiva é de continuidade na baixa do preço dos insumos, uma vez que de janeiro para cá, o farelo e o milho já baixaram de 30% a 40%.
Apesar da tendência apontar alívio, é importante acompanhar a desenvoltura da colheita do milho porque a safra ainda não está livre de sofrer com eventuais intempéries climáticas ou proliferação de pragas, além dos conhecidos transtornos gerados pelos gargalos de armazenagem e escoamento, muito embora, a maioria dos observadores aposte que a pecuária não venha ser atormentada pela escassez.
A expectativa otimista é de avanço em 2023 da ordem de 2% na produção de alimentos para animais”, finaliza.
(Com Sindirações)