Foto: Indea

Morte de milhares de abelhas é investigada no MT

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Indea

Servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) estão apurando a mortalidade de abelhas nas cidades de Sorriso e Sinop.
Equipes da autarquia, formadas por médicos veterinários, agrônomos e agentes de defesa sanitária animal, estão visitando nas duas cidades propriedades rurais que desenvolvem atividades da apicultura e que foram registradas as altas mortandades dos insetos.

Nessas visitas os servidores têm coletado amostras e realizado análise dos insetos nas caixas de colmeias. O material coletado será enviado ao Instituto Biológico, que é um centro de pesquisa do Governo de São Paulo, referência nacional na área de pesquisa agrícola.

De acordo com a médica veterinária e uma das responsáveis pelo ‘Programa de Sanidade Apícola do Indea’, Érika Gleice Menezes Nascimento, as mortes em Sorriso foram detectadas em um raio entre 15 a 20 quilômetros. As espécies de abelhas atingidas foram as abelhas nativas sem ferrão e as africanas.
Os servidores do Estado pesquisam se os insetos apresentam algum indício de sofrerem danos em decorrência de intoxicação, bactérias, fungos, vírus, dentre outros.

Todo o material colhido será enviado para São Paulo por aeronave e tempo estimado para conclusão do laudo é de até 30 dias.

CASO PARECIDO

Em maio já havíamos mostrado uma situação parecida, onde Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) investigava a morte de pelo menos um milhão de abelhas em três propriedades rurais do município de Brasnorte (580 km de Cuiabá). Três servidores da autarquia estiveram sábado e domingo (13 e 14.05) percorrendo as áreas onde foram registradas as perdas em massa dos animais polinizadores. A mortandade das abelhas foi detectada em 33 colmeias.

Os apicultores do município acionaram o Indea, que, por meio dos servidores, realizou a sondagem no local e colheu o material para enviar, nesta semana, ao laboratório do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Instituto Biológico – centro de pesquisa do Governo do Estado de São Paulo.

O coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Néspoli, explica que, no campo, os servidores investigaram os sinais clínicos e epidemiológicos.

“Foram observadas quais as castas atingidas. No caso de Brasnorte, as operárias eram as mais atingidas. Também foram observados qual o perímetro das mortes desses insetos, se havia a presença de parasitas ou abelhas com dificuldade de locomoção, e qual fase da vida desses animais era a mais atingida. Com base nessas observações, e em conjunto com as analises de laboratório, será possível descobrir o que pode estar causando esse dano não só ambiental, como econômico aos apicultores”, explica o médico veterinário.

Além de causas sanitárias, outra suspeita levantada sobre a mortandade dessas abelhas é o uso de agrotóxico nas áreas próximas aos apiários.

(Com Indea)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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