Foto: Bahia Farm Show

Com discurso diferente do habitual, Lula participa de cerimônia sem público na Bahia Farm Show

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Bahia Farm Show

Falamos aqui no Sou Agro que Lula iria participar da abertura da Bahia Farm Show em um evento sem público. Pois bem, o evento foi realizado nesta terça-feira (06) em Luis Eduardo Magalhães na Bahia, e sim Lula esteve presente.

Com uma postura um pouco diferente de meses anteriores, quando por exemplo acusou o agronegócio de ser maldoso e de participar dos atos de manifestação na Praça dos Três Poderes em Brasíla.

Dentro da maior feira agrícola e de negócios do Norte e Nordeste, ele usou um outro discurso dizendo que o Brasil precisa tanto da agricultura quanto da indústria. “A verdade é que precisamos dos dois, uma coisa complementa a outra. Temos que valorizar os dois. Quando a agricultura vai bem, a indústria de máquinas vai bem.”

Ele também negou que há a criação de uma “rivalidade” entre o pequeno produtor e o agronegócio. “São duas coisas totalmente necessárias ao país. Não há rivalidade. Não há porque o preconceito do grande contra o pequeno ou do pequeno contra o grande. O Brasil precisa dos dois porque os dois ajudam o Brasil. Temos 4,6 milhões de propriedades nesse país com menos de 100 hectares. É preciso parar de construir rivalidade onde ela não existe. A gente não pode dar corda para o discurso ignorante. Por que eu poderia ser contra um produtor rural que quer terra pra trabalhar? Por que eu poderia ser contra um grande produtor que está produzindo e vendendo sua soja ou fazendo o Brasil voltar a plantar algodão?”, disse ele.

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Lula na abertura sem público da 17ª edição do Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães – Foto: Ricardo Stuckert/PR

A cerimônia, como já dissemos foi fechada. O parque só foi aberto ao público depois do evento.

LIBERAÇÃO DE CRÉDITO

Paralelo a visita de Lula, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a liberação de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra (Safrinha) e de R$ 4 bilhões em linha de financiamento em dólar para investimentos no Crédito Rural – para a construção e ampliação de armazéns, obras de irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energia de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade.

“A linha dolarizada parou de ser agora só para investimentos em máquinas. Ela é agora uma linha de crédito para programas. Tudo aquilo que o produtor tiver necessidade, quer seja compra de calcário, a conversão de pastagens em áreas de agricultura, todos os investimentos em máquinas, armazéns. Inclusive, a construção civil dessas obras será financiada por essa linha de crédito dolarizada”, explicou.

O ministro destacou ainda uma linha de crédito de apoio à estradas vicinais, permitem o fluxo de mercadorias e serviços na zona rural dos municípios. Em geral, essas rotas são geradas por meio do aproveitamento de trilhas e caminhos já existentes, condicionadas a um traçado geométrico carregado de fortes rampas e curvas acentuadas.

“Já conversamos com governador [da Bahia, Jerônimo ], o [ministro da Casa Civil], Rui Costa, bancada de deputados do estado da Bahia, para que nós façamos parcerias em estradas vicinais. O Ministério da Agricultura, governo do estado da Bahia, governo do presidente Lula e os produtores para substituir pontes de madeira, galerias tubulares, cascalhar as rodovias, integrar com as rodovias pavimentadas e dar mais competitividade logística”, afirmou Fávaro.

(Com Agência Brasil)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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