Foto: Aline Cristina

Você sabe como é a produção de vinho? Vem com a gente conhecer uma das maiores vinícolas do Brasil

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

O mundo do vinho é fascinante e hoje nós vamos mostrar um pouco pra vocês de uma visita que fizemos a uma vinícola que fica em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. A primeira parte da visita é nos parreirais. Hoje, são quatro tipos de uva usados para os vinhos que são comercializados, mas outras variedades estão plantadas por ali em exposição na Miolo, que é a maior exportadora de vinhos do Brasil e a mais reconhecida no mercado internacional. São 10 milhões de litros por ano produzidos em uma área cultivada de vinhedos próprios com aproximadamente mil hectares.

Depois da área onde são verificadas as uvas, entramos na primeira parte da vinícola, que é histórica, onde os primeiros vinhos foram fermentados, em tanques de madeira de pipa de araucária que atualmente não são mais utlizados. Um dos motivos é que a madeira respira muito fácil por meio dos poros. Com isso, o oxigênio passa e chega até o vinho, causando oxidação. E é por isso que elas foram substituídas por máquinas de inox.

Essa é a primeira máquina por onde o vinho passa. Algumas dessas cápsulas de inox têm 50 mil litros e o tempo de fermentação depende de cada vinho, mas o tempo médio é de 45 dias. A temperatura também depende: os vinhos tintos precisam ser mantidos de 18ºC a 21ºC. Já os vinhos brancos, de 12 a 15 graus.

O suco que é retirado é chamado de mosco. Ele vai para dentro de um tanque em que é adicionada a levedura que vai se alimentar da frutose da uva e transformar o açúcar em álcool. Esta é a primeira fermentação, mas o gás não se segura neste primeiro processo por que o vinho não é gaseificado. Outro motivo é de que os tanques de inox não são tanques de pressão e por isso não seria possível segurar esse gás.

“O primeiro vinho que é feito é o vinho branco, por que o processo é mais rápido. O vinho rosé precisa fermentar algumas horas em contato com as cascas da uva. Já o vinho tinto precisa de todos os nutrientes da fruta e as cascas e as sementes vão fermentar juntas”, explicou a somelier Fernanda Mello.

Alguns tipos de vinho como o gran reserva, por exemplo, são mantidos na sequência em “barricas” de carvalho”. São vinhos que não são elaborados em todas as safras por que dependem da qualidade da uva que foi colhida. Se a fruta precisar ser tirada do pé precocemente, a empresa opta por não produzir os grans reservas. “E esses vinhos passam pelas barricas de carvalho no primeiro uso. É do carvalho que o vinho pega as características do amadeirado, por exemplo. Em alguns casos, o vinho fica envelhecendo um ano na barrica de carvalho e um ano dentro da própria garrafa”.

No caso dos espumantes, o processo é ainda mais trabalhoso. As garrafas vão para um espaço em que o líquido fica em contato com a levedura e é preciso, duas vezes por dia, movimentar essas garrafas e deixá-las em um ângulo específico. Alguns espumantes ficam 10 anos em contato com essa levedura.

Depois de explicados os processos, a visita termina com a degustação de quatro rótulos principais produzidos pela vinícola.

Confira AQUI um pouco dessa visita.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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