Sistema de autoalimentação na piscicultura pode ampliar desempenho zootécnico e reduzir impactos ambientais

Emanuely
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#sou agro| Sabe quando bate aquela fome e não tem nada por perto para comer? Isso pode ser frustrante e até mesmo ocasionar estresse. Assim como nós, humanos, que muitas vezes comemos fora do horário tradicional das refeições, os peixes também podem ter essa opção com os sistemas de autoalimentação, em que o animal pode se alimentar conforme sua preferência.

Um estudo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), que contou com apoio da Nuter Alimentadores Automáticos, mostra que a utilização deste sistema pode melhorar significativamente o desempenho zootécnico dos animais, reduzindo os impactos ambientais e melhorando os índices econômicos da alimentação.

A pesquisa pioneira no Brasil avalia a aplicação desse modelo alimentar em escala experimental, a fim de testar as diferentes estratégias alimentares no desempenho zootécnico das principais espécies de peixes nativos do Brasil. O professor adjunto da UFRB, Engenheiro de Pesca e Doutor em Zootecnia, Bruno Olivetti de Mattos, relata importantes índices relacionados a alimentação dos peixes utilizando este sistema na nutrição de tambaquis e pirarucus. “A autoalimentação melhorou o bem-estar dos peixes e reduziu os valores de excreção de fósforo na água. Além de reduzir o desperdício e melhorar o desempenho zootécnico”, pondera Mattos.

Aplicação no mercado aquícola

No atual cenário da piscicultura nacional, não se tem a aplicação desse modelo em escala mercadológica, o que faz com que as pesquisas que visam a efetivação desse formato para o setor aquícola sejam um pontapé inicial para a consolidação de toda a atividade. “Para que isso se torne realidade, temos buscado parcerias com empresas como a Nuter, fazendo com que seja possível validar este sistema alimentar nos diversos setores da produção de peixes”, avalia o pesquisador.

Para o CEO da Nuter, João Benetti, contribuir com pesquisas que possam viabilizar a aplicação do sistema de autoalimentação em escala mercadológica é fundamental para impulsionar a piscicultura nacional. “Acreditamos que essa tecnologia pode trazer benefícios para a produção de peixes e estamos orgulhosos em fazer parte desse projeto ao lado de renomados pesquisadores”, afirma.

Dentro desta temática, os estudos desenvolvidos incluem uma avaliação criteriosa do ritmo alimentar dos peixes de interesse comercial, avaliação do desempenho zootécnico e a saúde dos peixes, além da viabilidade econômica do sistema de autoalimentação frente a outros manejos alimentares.

A partir deste estudo, Mattos considera viável afirmar a importância desta ferramenta como um fornecedor de dados sobre mecanismos de regulação da ingestão de nutrientes, que auxiliem no desenvolvimento de rações, principalmente, para novas espécies com potencial para aquicultura.

Todos esses temas serão apresentados durante a palestra “A autoalimentação de peixes: O próximo passo para a piscicultura de precisão no Brasil”, que será promovida na Aquishow, no dia 25 de maio, a partir das 14h50, em São José do Rio Preto (SP). O evento contará com renomados pesquisadores da área, que compartilharão os resultados das últimas pesquisas e debaterão os avanços para a nutrição na aquicultura.

(Com agências)

(Emanuely/Sou Agro)

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