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Frio pode gerar prejuízos nas lavouras paranaenses

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| A baixa de temperaturas nos últimos dias tem trazido uma preocupação aos produtores rurais que temem a chegada de geada que pode causar grande prejuízos nas lavouras. Mesmo que na região Oeste do Paraná tenha poucas chances de gear, o frio já pode causar perdas aos agricultores.

“Depois de uma boa quantidade de precipitação, temos agora uma mudança relativamente significativa em relação à temperatura e isso traz uma preocupação em relação aos produtores. Se a chuva trouxe alegria, agora o frio traz aí uma preocupação, principalmente aos produtores de milho. Entretanto, talvez a preocupação para nós, nesse primeiro momento, não seja tão grande. É uma frente relativamente muito grande que vai baixar a temperatura não só na região Sul do país, mas uma boa parte da região também Sudeste e Centro-Oeste. É a primeira frente, um pouco mais, mais forte e capaz de causar algum prejuízo em alguns locais, principalmente os locais mais altos da região sul do país e nos locais mais altos, principalmente as regiões mais  baixas. Cascavel é um local relativamente mais alto, mas é possível pelo menos é o que mostram os dados meteorológicos que a gente não vai ter a temperatura, a ponto de causar alguns estragos maiores aqui na nossa região”, explica o meteorologista, Reginaldo Ferreira.

O frio e a geada preocupam os agricultores, principalmente aqueles que plantam culturas com pouca resistência às baixas temperaturas. Como por exemplo o milho, que temperaturas abaixo de 2ºC durante a fase de florescimento podem prejudicar a cultura. Assim como nas lavouras de feijão, quando os termômetros chegam a 1ºC também podem causar perdas.

“É esperado que a temperatura mínima deve ficar em torno de 7 a 8 graus. E com isso, na realidade, a gente tem aí a possibilidade de lugares mais baixos ter a temperatura um pouco mais baixa, mas não suficiente para causar geada. Mas é o suficiente para causar para a gente uma preocupação e também causar algumas dificuldades, principalmente em relação às culturas de verão. Veja que nós estamos caminhando do outono para o inverno, então, nesse momento quem se beneficia desse frio são as culturas de inverno, são as culturas cultivadas nesse período, que são de clima temperado. Mas as culturas de verão que nós precisamos na realidade, arriscar um pouco mais. No caso, principalmente o feijão e o milho, que ocupa uma boa parte da nossa agricultura na região Sul e na região Sudeste já traz uma preocupação relativamente muito grande”, explica Reginaldo.

Para as culturas de verão é claro que esse frio gera insegurança, afinal, baixas temperaturas beneficiam as lavouras de inverno. Os agricultores ficam em alerta nos cultivos cultivos de grãos, como milho e feijão, que estão em fases sensíveis do desenvolvimento.

“Temos essa entrada de massa de ar fria que causa um pouquinho de transtorno para as culturas e, principalmente, mais para o feijão do que para o que para o milho e alguma cultura mais sensível. E mais temos a possibilidade de entrada de uma frente também já um pouquinho mais  forte e no começo do mês de maio. Então, na verdade, isso já traz para a gente uma preocupação. Se por um lado o frio é muito bom para as culturas temperadas, por outro lado, o frio nesse momento ele seria extremamente ruim, principalmente para aqueles produtores que plantaram as culturas de verão. Agora, nesse período que nós estamos de outono e inverno”, disse o agrometeorologista.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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