Foto: Frente Nacional de Luta Campo e Cidade

Entidades do agro repudiam invasões a propriedades e pedem segurança aos produtores

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: Frente Nacional de Luta Campo e Cidade

Entidades do agro publicaram nota de repúdio com relação a invasões de propriedades e pediram mais segurança aos produtores. As instituições são contrárias às invasões registradas no interior de São Paulo, que ocorreu na manhã de sábado.

A Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) disse que repudia todo e qualquer ato de invasão a propriedades, públicas ou privadas, destinadas à produção agroindustrial e pede que o governo intervenha, junto às lideranças, no sentido de apaziguar a vida no campo. A associação considera que a agricultura e a pecuária brasileiras são locomotivas da economia nacional e reforça que a contribuição é de cerca de 25% do PIB (Produto Interno Bruto).

“Um país que está em ampla campanha na busca de investidores, nacionais e internacionais, para a garantia de seu desenvolvimento econômico-social, não pode mais conviver com invasões a propriedades rurais como novamente estamos assistindo nessas últimas semanas, por criar um clima de insegurança e desestímulo a quem planeja investir em um setor de grande importância para a economia nacional pela sua pujança e organização. Essas ações de movimentos que, pensávamos, já estarem ultrapassados e excluídos do Brasil, que deseja se tornar moderno e inserido de forma cada vez mais eloquente no contexto econômico mundial, como se caracteriza nosso país, só trazem sérios prejuízos à imagem, dando mais incentivo aos concorrentes internacionais acelerarem a insidiosa campanha contra o agronegócio brasileiro”, afirma a nota.

A Sociedade Rural Brasileira também divulgou uma nota a respeito. “A Sociedade Rural Brasileira repudia veemente as invasões de terra noticiadas na região do Pontal do Paranapanema, na manhã deste sábado (18/02), no interior de São Paulo. A ação desses movimentos fere o direito de propriedade e traz insegurança jurídica para o campo. Conclamamos que as autoridades tomem medidas imediatas para reintegrar essas áreas assim como para conter esses movimentos, que estão praticando atos criminosos de invasão de propriedade privada e áreas produtivas. É inconcebível que o setor,  importante pilar econômico do nosso país e produtor de alimentos para o Brasil e o mundo, volte a viver esses momentos de insegurança e violência.  A SRB considera muito preocupante o ocorrido e entende que se faz necessária uma resposta rápida do Governo Federal, para que o produtor rural siga avançando com segurança e garantindo emprego, renda e alimento na mesa da população”.

Aprosoja

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), entidade que congrega 100% da área plantada com soja em território nacional, também veio a público repudiar as invasões de terras que ocorrem em todo o país. “Tais práticas, que já haviam sido praticamente reduzidas a zero nos últimos anos, acendem um sinal de alerta a todos os empreendedores rurais e às suas famílias que investem tempo e dinheiro na produção de alimentos a todos os brasileiros. A Aprosoja Brasil se solidariza com os diretores da Aprosoja São Paulo, sobretudo com os produtores que tiveram suas propriedades invadidas neste final de semana na região oeste paulista. Esse tipo de violência é um retrocesso e uma afronta ao Estado Democrático de Direito e ao Direito de Propriedade. Por este motivo, a Aprosoja Brasil conclama as autoridades constituídas a combater este tipo de crime em todo o território nacional e a punir os responsáveis”.

Sobre as invasões

As invasões são promovidas desde o último sábado (18) pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade. As invasões são denominadas de “Carnaval Vermelho”. As fazendas foram invadidas em Marabá, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau, Rosana, Sandovalina e Teodoro Sampaio. Todas no interior de São Paulo.

Na cidade de Presidente Venceslau, a Justiça estadual deu prazo até sexta-feira (24) para a saída dos militantes. Se a ordem não for cumprida, a polícia está autorizada a agir.

Com Agências

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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