Agregar conhecimento a família rural é o grande foco do 35º Encontro de Cooperados da Coamo
#souagro| A Coamo retomou o tradicional Encontro de Verão na Fazenda Experimental. Depois de dois anos sem realizar o evento por conta da pandemia, a volta era muito esperada pelo produtor rural.
Esta é a 35ª edição do encontro que começou no último dia 30 e vai até o dia 3 de fevereiro com apresentações em dez estações de pesquisa com foco em difundir tecnologias para cada produtor que passa por lá. Mais de quatro mil pessoas devem passar pelo evento em Campo Mourão. São cooperados de todo o estado do Paraná, também do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina. Muito produtor que veio de longe para poder aproveitar essa busca pelo conhecimento.
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“É um trabalho completo de uma semana com a participação grande do cooperado. É o primeiro evento presencial grande que nós estamos tendo depois da pandemia para o produtor rural. Então é uma coisa que o cooperado espera muito e a gente fica muito feliz de poder estar fazendo isso aqui. Quando nós compramos a estação experimental o objetivo era ter uma estação experimental grande que produz e faz todas as pesquisas que são necessária com a introdução sempre de novas tecnologias. Hoje dez estações com muita coisa nova aí para o cooperado pegar e com certeza a gente evolui muito”, detalha Aroldo Galassin, Presidente do Conselho administrativo da Coamo.
QUANTO MAIS CONHECIMENTO MELHOR
Agregar conhecimento ao produtor rural é o principal foco do evento que neste ano tem dezenas de temas importantes para aplicar nas propriedades.
“A importância por si só, a quantidade de gente que participa já mostra, cooperativa ela tem desde a sua fundação o princípio de levar conhecimento, esse é o grande legado, essa é a grande missão da cooperativa, levar conhecimento ao cooperado. E a melhor forma de fazer isso é levar de forma segura. Então como é que ela faz isso? Primeiro ela testa tudo. Então desenvolve, faz o trabalho junto com as entidades de pesquisas, os fornecedores, os desenvolvedores de tecnologias, então as grandes empresas multinacionais, enfim, que trazem tecnologia e praticam aqui na fazenda experimental já há 48 anos, essa atividade de pesquisa, de desenvolvimento
de teste, de variedades, de insumos, de técnicas e aí leva um produto pronto para o cooperado. Quando o produto chega na mão do cooperado, ele já foi com segurança, o cooperado não corre risco na sua propriedade. Então, isso que a gente faz é a essência do cooperativismo é unir todos em volta de um objetivo comum que é o desenvolvimento da agricultura”, disse Airton Galinari, Presidente Executivo da Coamo.
Uma das vantagens dos cooperados é que ele tem uma relação direta com a assistência técnica, o que dá mais segurança ao aplicar novidades na lavoura.
“É o próprio agrônomo que dá assistência técnica para o produtor, então ele tem a certeza que a informação que é produzida aqui, ele vendo o agrônomo dele que dá assistência técnica para ele é o difusor de tecnologia para ele que ele busca direto na fonte. Então essa relação direta com a assistência técnica é o que faz tudo que a gente produz aqui ser aplicado diretamente nas propriedades dos nossos cooperados”, Marcelo Sumiya, gerente técnico da Coamo.
DEZ ESTAÇÕES DE CONHECIMENTO
São dez estações, o evento extremamente técnico. Eles vêm e participam de uma abertura e na sequência vão de ônibus nas estações. Durante 50 minutos tem professores, pesquisadores, doutores nos assuntos e eles fazem parte de universidades, são eles que desenvolvem as novas tecnologias e aí sim em parceria com a Coamo trazem para os cooperados.
“O intuito da nossa estação aqui é passar para os nossos cooperados na importância né? Dele conhecer as principais espécies nematoides que é presente hoje nos solos brasileiros e a gente faz um apanhado geral aí de quais são as estratégias de manejo que ele deve estar fazendo. A gente traz como um dado importante que em todo o território brasileiro das análises que que foram feitas para nematoide a gente teve uma frequência aí de 94%. Ou seja, os nossos solos estão com nematoide. Obviamente umas áreas com maior infestação, outras com menores infestação. E aí gente aqui apresenta as principais espécies que ocorrem tanto na cultura da soja, como na cultura do milho e fala um pouquinho das estratégias de manejo”, Lucas Esperandino, coordenador de departamento do suporte técnico.
“A ferrugem é a doença que mais rouba a produtividade do produtor, mas hoje ela tem ficado muito tarde, né? Isso em função das estratégias de manejo que vem sendo adotadas. Então a gente começa com o vazio sanitário, começa utilizando um material mais precoce e hoje o escape é a principal estratégia de controle dessa doença. Então plantar cedo a doença vai aparecer somente no final, que é essa época que a gente está. Então em janeiro aonde a gente começa a ver o número de aumento do caso da ferrugem, muitos produtores já tão quase colhendo a soja, estão na fase de enchimento de grãos então a melhor estratégia hoje para controle dessa doença é o escape”, Claudia Godoy, pesquisadora da Embrapa Soja.
“Nessa nossa estação a gente está abordando com eles os aspectos que envolvem a tecnologia de aplicação e até a gente colocou o tema pulverização agrícola, mas é uma pulverização é um termo comum, né? Mas pulverizar é simplesmente o ato é pegar uma água, quebrar na ponta. O que a gente busca como cooperado, como quem recomenda, é fazer uma aplicação, eu pegar meu produto, meu ativo, colocar na quantidade necessária no meu alvo que eu quero atingir com o mínimo de gasto econômico e o menor impacto ambiental. Então eu quero fazer uma aplicação. Exatamente isso que nós estamos abordando nos cooperados. Todos os preceitos e cuidados que envolvem uma aplicação agrícola para que ele torne a sua operação cada vez mais eficiente na sua propriedade independente do equipamento que está sendo utilizado”, Fabrício Correa, engenheiro Agrônomo
NOVIDADE DE MERCADO APRESENTADA AO PRODUTOR
No encerramento do evento os cooperados tem a oportunidade de ver também lançamentos em máquinas, equipamentos e serviços. Cerca de 100 empresas parceiras da Coamo levam tudo isso em primeira mão para os cooperados.
“O cooperado ele tem a oportunidade no horário do almoço de estar junto com nossos parceiros aqui de máquinas, implementos, acessórios, produtos veterinários aonde eles têm essa oportunidade de estarem conversando, tirando suas dúvidas. Visitando os estandes, eventualmente adquirindo uma máquina, mas tendo mais conhecimento nesse sentido, também para ficar bem alinhado também com as necessidades que ele tem lá na propriedade e se caso ele tiver essa demanda a Coamo oferece uma linha muito grande aí de produtos e serviços para ele estar levando desde pulverizador, plantadeira, carreta graneleira, enfim, né? Toda essa gama de produtos e implementos que ele possa estar utilizando lá na propriedade dele”, João Carlos Bonani – coord. Fazenda experimental.
PRODUTORES RURAIS APLICAM APRENDIZADO NAS PROPRIEDADES
Para quem visita o evento, a experiência é a melhor possível. E tudo que é visto no campo experimental pode ser usado sem medo na propriedade.
“Procura de tecnologia, de alguma coisa que seja mais eficaz na aplicação da lavoura. Valeu a pena”, Cezira Pereira Cavalini, produtora rural.
“São várias coisas que a gente vê na propriedade, que nem a parte de nutrição do milho foi interessante ver. Aparte de pulverização também foi importante ver como se desenvolveu o milho essas coisas. São várias coisas que que vem junto que você pode agregar na propriedade”, Luiz Cavalini, produtor rural.
“Buscar conhecimento e tentar aprender coisas novas. Algumas técnicas de de aplicação ali, regulagem de bico, esse tipo de coisa”, Luiz Fernando Freitas, produtor rural
“Porque tudo aqui é muito interessante e cada vez que a gente vem a gente aprende mais ainda”, Cristina Boza, produtora rural.