Surtos de gripe aviária em outros países abrem mercado para carne de frango brasileira
O Brasil tem previsão de recorde de exportação de frango em 2023 e vem ganhando cada vez mais espaço no mercado por conta de surtos de gripe aviária em outros países.
O Japão, por exemplo, bate recorde histórico com total de 10 milhões de aves abatidas por conta da disseminação da doença.
Com o último caso de gripe aviária detectado em uma granja em Miyazaki, no sudoeste do Japão, na terça-feira, o número total de frangos a serem abatidos na temporada de 2022 atingiu 10,08 milhões, superando os 9,87 milhões na temporada de novembro de 2020 a março de 2021.
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O número de surtos chegou a 57, superando o recorde da temporada de 2020 de 52. A doença tem se espalhado pelo mundo, incluindo países da Europa e também os Estados Unidos.
Na América do Sul, bem perto da gente, a gripe aviária também chegou. E nós já trouxemos aqui no Portal Sou Agro que a preocupação nos países vizinhos mantém o Brasil em alerta.
Para se ter uma ideia, o Chile encerrou 2022 registrando seis casos de Gripe Aviária no país. Isto, em pouco mais de duas semanas. O primeiro caso no país, foi detectado na região de Arica, fronteira com o Peru e a Bolívia e foi confirmado pelo Ministro da Agricultura chileno, no dia 7 de dezembro de 2022. Exatamente uma semana depois, em 14 de dezembro foram duas novas detecções, em Iquique e Antofagasta.
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Apesar do alerta, por conta da qualidade da carne brasileira, a previsão é de que o total de carne de frango in natura e processada que será exportado em 2023 alcance 5,2 milhões de toneladas. O volume é 8,5% superior ao de 2022, quando foram 4,580 milhões de toneladas, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Em dezembro de 2022, o presidente da ABPA, Ricardo Santin falou em entrevista ao Sou Agro que a preocupação se mantém, mas se mostra otimista em o Brasil se manter livre da doença: “É importante dizer para todos que estão envolvidos na cadeia que a influenza aviária hoje foi declarada pela Organização Mundial de Saúde Animal, antiga OIE. Se ela for em aves silvestres ou aves de fundo de quintal, não fecha o comércio. Essa é a grande preocupação, nós, como o maior exportador do mundo, Se vier a influenza fecha? Não, não fecha mais. Nós mantemos os mesmos níveis de seguridade e cuidados que a gente sempre teve. Queremos manter assim. Estamos reforçando os cuidados e mantém o Brasil como grande protagonista na colaboração da segurança alimentar do mundo”, disse Ricardo Santin.
Com agências