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AGRICULTURA

Produtores de café devem ter um ano desafiador; saiba o motivo

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| O setor cafeeiro nacional deve registrar novamente um ano desafiador. No curto prazo, ainda há incertezas quanto ao volume a ser colhido, principalmente no Brasil. Do lado da demanda, a economia mundial registrando crescimento tímido e o cenário inflacionário são fatores que podem limitar o consumo de café.

Para o arábica, mesmo com o clima favorável na maior parte das regiões produtoras brasileiras nos últimos meses de 2022, muitos agentes consultados pelo Cepea estão receosos com o volume a ser colhido da variedade na próxima safra (2023/24).

 

Apesar de o Brasil ter registrado inicialmente boas floradas para a temporada 2023/24, o parque cafeeiro de arábica nacional carrega ainda sequelas dos últimos anos mais secos que o normal e das geadas registradas em 2021.

Já para o robusta, o cenário climático e o desenvolvimento da safra 2023/24 têm sido um pouco mais preocupantes, devido ao tempo mais seco no segundo semestre de 2022 no Espírito Santo. Além disso, o desenvolvimento inicial da safra apresentou um alto percentual de desfolha, o que atrapalhou o pegamento das flores e o desenvolvimento da safra.

VERBAS DO FUNCAFÉ

Inclusive mostramos aqui no Sou Agro que o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou a realocação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) de R$ 93,2 milhões devolvidos pelos agentes financeiros e que não foram aplicados. A reunião entre os representantes do conselho ocorreu no último dia 21 de dezembro (quarta-feira).

A distribuição dos recursos foi feita considerando a demanda de outros bancos e cooperativas de crédito interessados. Foram alocados mais de R$ 39 milhões para a linha de financiamento para  Comercialização, R$ 40,3 milhões para Aquisição de Café – FAC e R$ 13,9 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.

(Com Cepea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)