Foto: Fabio Ulsenheimer

Oeste Sustentável: Seminário discute implantação de programa de gestão de resíduos em Toledo

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: Fabio Ulsenheimer

O Governo do Estado e a iniciativa privada buscam novas iniciativas para o desenvolvimento sustentável na região de Toledo, no Oeste do Paraná. Um dos passos foi dado nesta segunda-feira (16) com o Seminário Agenda para o Desenvolvimento Regional Sustentável, no Centro de Eventos Ismael Sperafico.

O seminário faz parte do projeto Oeste Sustentável, que tem o objetivo de discutir e somar esforços para a implantação de um programa de gestão, tratamento e transformação dos dejetos e resíduos das atividades agropecuárias e da agroindústria da região, para a produção de biocombustíveis. O projeto é implementado em parceria de órgãos públicos com a iniciativa privada.

“É uma atitude muito inteligente ter um movimento a favor da agricultura sustentável”, afirmou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, também presente ao evento. Ele salientou que o Estado vem recebendo vários investimentos, o que garante crescimento na produção de proteínas animais. Isso exigirá mais energia e, ao mesmo tempo, haverá mais produção de biomassa passível de se transformar em bioenergia. “Nós precisamos aproveitar esses potenciais para termos agricultura sustentável com energia de qualidade”, disse.

Para o prefeito de Toledo, Beto Lunitti, os debates devem auxiliar a vencer os desafios colocados sobre o Brasil, o Estado e a região de Toledo de produzir alimentos para o mundo. “Vencer os desafios requer criação de eventos para o debate. É um momento em que o município, junto com o Estado do Paraná, promove uma ambientação para discutir esses avanços e, diante daquilo que se impõe como desafio, propor cenários de mudança e alteração para ampliar a produção de alimentos, com respeito ao ambiente”, disse.

O seminário teve a presença de representantes do governo alemão, de agências bilaterais e de cooperação, além de empresários da Alemanha interessados em reaproveitamento de dejetos animais para uma economia sustentável.

O chefe da Chancelaria do Estado de Mecklenburg, Patrick Dahlemann, disse que seu estado também é um grande produtor de proteína animal e, em consequência, de dejetos.  “Mas esses dejetos, em vez de serem problemas, podem ser aproveitados para gerar biogás, e o biogás, por sua vez, pode ser transformado em outros derivados. É essa ideia que implementamos na Alemanha, que funciona bem há anos e que a gente gostaria de trazer e desenvolver mais no Brasil e, assim, proteger o clima”, propôs.

“Há muito nós temos um diálogo baseado na confiança. Portanto, não se trata de chegar aqui e tentar convencer as pessoas de uma tecnologia, mas de desenvolver algo juntos, sempre ouvindo e atendendo as necessidades concretas dos agricultores, pois isso significa melhorar a produtividade, aumentar e agregar valor à produção e melhorar a qualidade de vida de todos”, acrescentou Dahlemann.

Com AEN

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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