Foto: Ari Dias/AEN

Alimentos não comercializados por produtores vão para mesa de entidades sociais no PR

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: Ari Dias/AEN

Alimentos não comercializados por produtores vão para mesa de entidades sociais. Em 2022, o Banco de Alimentos Comida Boa, programa voltado à segurança alimentar e nutricional, distribuiu 5,85 mil toneladas de hortigranjeiros para entidades assistenciais, uma média mensal de 487 toneladas. A iniciativa coleta alimentos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais, mas em boas condições de consumo, e repassa para creches, orfanatos, hospitais públicos, entre outras instituições.

Ao longo de 2022, foram 331 entidades atendidas, cerca de 130 mil pessoas impactadas mensalmente em todo o Estado. Antes da criação do Banco de Alimentos, em 2020, esse alcance era um terço do atual. O programa recebe anualmente um aporte de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reforçou o aspecto social e de solidariedade do Banco de Alimentos. “Na nossa sociedade, ainda muito desigual, é muito triste que a gente perca alimentos e não socorra quem precisa. Essa ação é fruto de uma visão estratégica, e nos permite higienizar e fazer um processamento industrial para guardar alimentos e entregá-los às famílias que precisam”, destacou.

De acordo com Éder Bublitz, presidente da Ceasa Paraná, os produtos são de alta qualidade nutricional e seriam desperdiçados. “Com o programa, esses itens deixaram de ir para lixo e passaram a contribuir para o abastecimento das entidades, já que muitas delas não teriam condições para comprar esses produtos”, afirmou.

Ele acrescentou que em abril de 2020, logo após a chegada da pandemia, o Banco de Alimentos ganhou uma nova concepção, o que aumentou a média de distribuição para cerca de 487 toneladas mensais – antes, o volume era de 50 toneladas/mês. “No momento em que as pessoas mais precisavam, o projeto pôde contribuir. Se não fosse o programa, a maioria são entidades que têm dificuldades não iria comprar. É tudo 100% doado. Temos como ganhos a redução do desperdício de alimentos e a melhora da qualidade de vida das pessoas”, disse.

Números

Em Curitiba, o Banco de Alimentos atende aproximadamente 75 mil pessoas e 134 entidades, com reaproveitamento de 350 mil quilos de hortigranjeiros por mês, em média. Além disso, 269 famílias em estado de vulnerabilidade social são beneficiadas, 41 delas da Região Metropolitana e as demais famílias de outros 17 bairros de Curitiba.

Em Londrina, o atendimento chega a 42 entidades cadastradas, com reaproveitamento de 40,3 mil quilos de hortigranjeiros mensalmente. São beneficiadas, em média, 25,6 mil pessoas. Em Maringá, são 39 entidades, 18,9 mil pessoas e o reaproveitamento chega a 40.941 quilos de hortigranjeiros por mês.

Em Cascavel, são 63 entidades, 57.174 quilos de hortigranjeiros e 23,8 mil pessoas mensalmente beneficiadas. O Banco de Alimentos de Foz do Iguaçu totaliza 43 entidades cadastradas, com reaproveitamento mensal de 28.380 quilos de hortigranjeiros e 3.798 pessoas atendidas.

Com AEN

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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