Pesquisador brasileiro é convidado para comitê internacional que estuda sobre praga que atinge diversas culturas
O pesquisador Paulo Viana, da Embrapa Milho e Sorgo, foi convidado para participar como consultor independente do comitê European Food Safety Authority (EFSA), que avalia os riscos de uma eventual introdução da praga Elasmopalpus lignosellus (lagarta-elasmo) nos países europeus. Na ocasião, Paulo Viana fez uma apresentação sobre a distribuição geográfica da praga, suas características biológicas, monitoramento, dispersão, controle e métodos de manejo integrado. Após a apresentação, seguiu-se uma sessão de perguntas realizadas pelos membros do EFSA. As informações apresentadas serão publicadas na Ata do EFSA e divulgadas para a comunidade europeia.
Segundo o pesquisador, mais de 60 espécies de plantas são hospedeiras da lagarta elasmo. A praga Elasmopalpus lignosellus ataca as plantas no estádio inicial de desenvolvimento, danificando a região de crescimento e, na maioria dos casos, causa a sua morte. A distribuição geográfica da praga está nos países das Américas do Sul, Central e do Norte, abrangendo até o sul dos Estados Unidos. Ainda segundo Paulo Viana, ocorre de preferência em períodos mais secos e em culturas cultivadas em solos mais arenosos. Existem publicações on-line da Embrapa sobre a praga (Circular Técnica 118 – Manejo de elasmo na cultura do milho) e capítulo de livro (Pragas de Solo no Brasil – Elasmo) sobre o assunto, de autoria do pesquisador.
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Sobre a European Food Safety Authority
A EFSA é um organismo da União Europeia que fornece pareceres científicos independentes sobre riscos alimentares existentes e emergentes. O conselho informa leis, regras e políticas europeias e, dessa forma, auxilia na proteção dos consumidores dos riscos ligados à cadeia de alimentos. Acesse o site da instituição: https://www.efsa.europa.eu/en.
Sobre a praga
A lagarta elasmo, Elasmopalpus lignosellus, ocorre nas regiões temperadas e tropicais do continente americano. É uma praga polífaga que ataca mais de 60 espécies de plantas, causando sérios danos a várias culturas de importância econômica, como milho, cana-de-açúcar, trigo, soja, arroz, feijão, sorgo, amendoim e algodão. Perdas atribuídas ao ataque de elasmo no milho variam de 20 % até a destruição total da lavoura em condição de alta infestação (VIANA, 2004).
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A lavoura somente é atacada pela lagarta até atingir uma altura média de 35cm. Normalmente, o agricultor percebe o ataque da praga através das inúmeras falhas na lavoura. O dano é causado pela lagarta na região do colo, penetrando em seguida no colmo e fazendo galerias no seu interior, provocando o perfilhamento e/ou a morte da planta. O ataque pode ser visualizado pelo murchamento e pela seca das folhas centrais, que se destacam com facilidade ao serem puxadas. As perdas ocasionadas estão relacionadas com a redução no estande, resultando no baixo rendimento da cultura.
O ataque da lagarta causa a destruição da região de crescimento, quando este se encontra abaixo do nível do solo ou destrói total ou parcialmente os tecidos meristemáticos responsáveis pela condução de água e nutrientes.
Com Embrapa