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Pecuária brasileira continua se destacando nas exportações de carne bovina

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
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O papel de protagonista da pecuária brasileira no cenário internacional tem se consolidado cada vez mais. Segundo estatísticas da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), entre 2015 e 2020, últimos dados disponíveis sobre o mercado internacional, houve um avanço na participação do Brasil nas exportações mundiais de carne bovina (in natura), passando de 14% para 18,9%.

De acordo com os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o Brasil embarcou 1,85 milhão de toneladas de carne bovina em 2021, sendo que, deste total, 51,1% tiveram como destino China. Além deste principal parceiro, as exportações aos Estados Unidos aumentaram nos últimos anos, com os volumes crescendo quase duas vezes e meia entre 2015 e 2021 Com isso, os norte-americanos representaram 7,5% do total exportado pelo Brasil no ano passado (Secex).

Também vem aumentando a presença da carne brasileira nos países do Oriente Médio e Norte da África, representando 14,1% do total exportado pelo Brasil em 2021, divididos entre 16 dos 19 países membros do Mena.

Nesta conjuntura internacional, compreender as características dos sistemas de produção dos principais países exportadores de carne bovina é importante para se enxergar os potenciais gargalos e diferenciais que a pecuária brasileira apresenta, de forma a garantir a competitividade no cenário global.

Comparar sistemas de produção pecuários ao redor do mundo é o objetivo da rede do Agri Benchmark, da qual a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) participam como representantes do Brasil. Também fazem parte dessa rede países como Argentina, Austrália, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai. O acompanhamento dos custos é feito nos mesmos moldes do Projeto Campo Futuro, da CNA: avaliam-se os índices financeiros e técnicos das propriedades que melhor caracterizam a produção das principais regiões de cada país, gerando, então, dados representativos da pecuária. A análise dos resultados é feita anualmente, buscando visualizar como as flutuações de preço de mercado impactam sobre as diferentes realidades produtivas por todo o globo.

América do Sul

O Brasil e países vizinhos competem entre si, sobretudo para atender ao mercado chinês. Segundo dados da FAO, a Argentina foi responsável por enviar 18,3% do volume de carne bovina exportado para a China em 2020, ao passo que o Uruguai foi responsável por 7,1%. Em contrapartida, o Brasil foi responsável por 42,3% do volume de carne bovina exportado para a China em 2020. As exportações paraguaias e argentinas aos países membros do Mena também merecem destaque, sendo responsáveis por respectivos 6,8% e 4,9% do total importado pelo grupo em 2020, contra 49,5% do volume tendo como origem o Brasil.

Com Cepea

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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