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AGRICULTURA

“O agricultor conhece a doença e sabe que não pode relaxar”, diz pesquisador sobre ferrugem asiática no PR

"O agricultor conhece a doença e sabe que não pode relaxar", diz pesquisador sobre ferrugem asiática
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Ferrugem asiática, só de ouvir esse nome já sente arrepios o produtor de soja. Mas não é para menos, ela é uma das principais pragas que atinge a cultura e pode causar grandes prejuízos.

Nós trouxemos aqui no Sou Agro que no Paraná Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná), que faz parte do Consórcio Antiferrugem, registrou as primeiras ocorrências da ferrugem-asiática da soja, em áreas comerciais na safra 2022/23, nas cidades Londrina e Terra Roxa, norte e oeste do Estado.

 

Rafael Moreira Soares, é pesquisador da Embrapa Soja e falou sobre a preocupação com a praga: “A ferrugem asiática da soja teve as suas primeiras ocorrências registradas aqui no Paraná agora, no final do mês de novembro, e é uma das mais importantes doenças da cultura. E, nesse caso, é um alerta para essas regiões no Norte e Oeste do Paraná, onde foram constatadas as primeiras ocorrências para que o agricultor fique atento a ferrugem asiática. “, detalha Rafael.

Segundo o pesquisador, é importante fazer as aplicações corretas de fungicidas contra a praga para evitar perdas futuras.

“Dependendo da fase em que se encontra sua lavoura, já faz as primeiras aplicações de fungicida caso já não tenham sido feitas e já pensando em produtos mais eficientes para o controle da ferrugem asiática, que é uma doença bastante agressiva, que ataca principalmente as folhas da soja, causando desfolha diminuindo a produtividade da cultura”, detalha Rafael.

 

O produtor não pode esquecer que a praga destrói lavouras e causa grandes prejuízos, apesar do ano passado a ferrugem ter aparecido menos, por conta da seca, nesta safra a situação deve ser bem diferente.

“O agricultor já conhece a doença e de outras safras e sabe que não pode relaxar. Embora nas últimas duas safras, devido a tempos de clima mais seco que ocorreu, a doença não foi tão severa. Esse ano as chuvas já estão mais frequentes, principalmente agora nesse momento, até impedindo as aplicações a entrada no campo devido o excesso de chuva no estado. Então, o agricultor deve estar preparado para, quando for possível, fazer as primeiras aplicações de fungicida na sua cultura e tomar todas as medidas, caso ainda em regiões em que o plantio foi mais tarde, o executor deve fazer o monitoramento também, para depois determinar o momento correto para fazer as aplicações de fungicida”, finaliza o pesquisador da Embrapa.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)