Foto: Mapa

“Fim da vacinação representa custos menores aos produtores”, diz Indea sobre fim da imunização contra febre aftosa no MT

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Este é o último ano que o Mato Grosso teve vacinação contra a febre aftosa. O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Ministério da Agricultura e o setor produtivo celebraram a última vacinação contra a doença no Estado, após 30 anos de imunização em etapas anuais. A última campanha terminou neste sábado 17 de dezembro e a comunicação ao Indea deve ser realizada até o dia 26 de dezembro.

A doença, que trouxe impacto financeiro na pecuária brasileira, passou a ser erradicada por etapas até que em Mato Grosso se tornou livre da doença em 1996 e o vírus rondou o estado até 2007. A vacinação do rebanho começou em 1992, o que foi determinante para o combate à doença.

 

Para ganhar um novo status sanitário de ser livre de febre aftosa sem vacinação, o Indea teve que cumprir uma série de requisitos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por meio de investimentos do Governo de Mato Grosso e por meio dos fundos mantidos pelo setor produtivo, o Indea conseguiu atender as demandas.

A presidente do Indea, Emanuele Almeida, celebrou a conquista do Estado e uma virada de página, que além dos benefícios sanitários, vai representar um novo momento para a pecuária de Mato Grosso e um estreitamento das relações com os produtores rurais.

“Vamos passar para a fase de vigilância, onde o produtor terá que observar os animais e em qualquer suspeita, deve comunicar o Indea. Isso não será apenas para casos suspeitos de febre aftosa, mas qualquer incidência de saúde animal. O fim da vacinação também representa custos menores aos produtores que não vão mais gastar com vacinas e a possibilidade de acessar novos mercados com a valorização do nosso produto”, comentou.

 

A diretora técnica da Superintendência do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Alzira Catunda, foi um dos nomes icônicos no combate à febre aftosa em Mato Grosso. Para ela que esteve envolvida desde o início do programa de vacinação no Estado, esse novo status para Mato Grosso é um avanço para a pecuária.

“Mato Grosso, graças a Deus, atendeu as exigências e o Mapa chegou a conclusão de que pode parar de vacinar. O ministério se posiciona muito satisfeito porque a gente trabalha também para o desenvolvimento comercial do pecuarista. Vai aumentar o trabalho do Mapa e o Indea está muito bem estruturado”, avaliou.

 

NOVOS ESTADOS SERÃO LIVRES DA VACINAÇÃO

Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que depois desta segunda etapa da campanha, irá suspender a vacinação em sete unidades da federação. Além do Mato Grosso, também Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal.

PARANÁ E OUTROS ESTADOS SÃO LIVRES DA DOENÇA 

Em 27 de maio de 2021 que o Paraná recebeu da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Neste mesmo dia o estado também recebeu a certificação da zona livre de peste suína clássica independente.

Além do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e do Mato Grosso e Santa Catarina, são estados livres da vacinação contra febre aftosa.

(Com Indea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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