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Com demanda baixa, preço dos derivados de leite segue em queda

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
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Com a demanda de mercado em baixa, os preços dos derivados de leite seguem em queda. A pesquisa é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), referente ao boletim de dezembro.

Existe uma demanda que vem enfraquecida destes produtos, desde agosto deste ano. Por conta disso, o preço dos derivados permaneceu em queda em novembro, de acordo com boletim.

Agentes consultados pelo Cepea indicam que a procura por produtos derivados de leite costuma diminuir, mesmo, nesta época do ano. Mas os pesquisadores levantaram também que a pressão feita pelos canais de distribuição para baixar os preços junto às indústrias e às cooperativas tem sido intensa.

Uma pesquisa que o Cepea fez com apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostra que em novembro, o muçarela, o leite longa vida (UHT) e leite em pó (400g) foram comercializados no atacado paulista, em média, a R$ 30,31/kg, a R$ 4,09/litro e a R$ 29,68/ kg, respectivamente, sendo 3,7%, 5,7% e 1,46% menores que os registrados no mês anterior.

Porém, na comparação anual (nov/21), observam–se altas nas médias (ver Tabela 1). Para dezembro, a expectativa dos agentes consultados pelo Cepea é de manutenção do movimento de queda, mas o recebimento do 13º salário pode melhorar pontualmente as vendas e limitar os recuos.

 

O ano de 2022 pode ser caracterizado pela oferta limitada de leite cru, o que resultou em encarecimento da matéria prima para a produção de lácteos e, consequentemente, em alta de preço de toda a cadeia. De janeiro a novembro, o UHT, o queijo muçarela e o leite em pó negociados entre indústrias e canais de distribuição paulistas registraram médias de R$ 4,52/litro, de R$ 32,15/kg e de R$ 29,96/kg, respectivamente, com avanços de 24,5%, de 15,7% e de 14,5% frente ao mesmo período de 2021, em termos reais (IPCA de nov/22).

O ano também fica marcado pelo menor poder de compra da população, que se refletiu em enfraquecimento na demanda por lácteos – sobretudo a partir de agosto, quando o efeito negativo da redução da renda e a forte subida dos preços dos derivados reforçaram a retração do consumidor.

Com Cepea

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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