AGRICULTURA
Uso irregular de agrotóxicos nas lavouras de feijão está na mira da fiscalização
#souagro| Nesta segunda-feira (13) nós falamos aqui no portal Sou Agro sobre a preocupação com a contaminação com agrotóxicos ilegais em lavouras de feijão . O alerta surgiu depois que o Mapa percebeu um aumento de resíduos nas cargas do produto. Inclusive foi isso que resultou na apreensão de 4,2 mil toneladas de feijão-caupi, também chamado de feijão-de-corda, com resíduo de agrotóxico proibido no Mato Grosso, a maior suspensão de comercialização feita pelo Ministério.
Com isso tudo, a fiscalização foi intensificada ainda mais e desde 2020, os embaladores de feijão começaram a ser multados caso irregularidades fossem encontradas. A partir daí, as empresas embaladoras também ficaram mais rigorosas no controle de qualidade e não aceitavam mais produtos que estavam fora dos padrões: "Como nós não temos a rastreabilidade até o agricultor, quem é responsável pelo produto é o embalador e isso que gerou dentro do setor foi que as empresas para não serem penalizados começaram a fazer testes no controle da matéria prima”, explicou o coordenador-geral de Qualidade Vegetal do Mapa, Hugo Caruso.
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Mas é claro que não é só no Mato Grosso que esse resultado gerou reflexos. No Paraná, por exemplo, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está trabalhando para coibir a prática do uso abusivo de agrotóxicos e orientar os produtores sobre o manejo correto para evitar a contaminação nas principais áreas produtoras de feijão no estado. A ação decorre da fiscalização que apontou índices irregulares de contaminação em 26% das amostras coletadas nas lavouras no segundo semestre do ano passado.
“Estamos trabalhando intensamente para identificar os possíveis problemas no cadastro, comércio e uso dos agrotóxicos recomendados para a cultura do feijão, com o objetivo de melhorar a qualidade do alimento e a segurança alimentar para os todos os consumidores”, afirmou o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood. Analisando as hipóteses para o índice de contaminação, foi identificada a antecipação da dessecação, na qual o agrotóxico pode estar sendo aplicado ainda com a planta toda verde, sendo que a recomendação para uso de glufosinato é para quando a cultura estiver com 50% das vagens secas. “O adiantamento da dessecação pode ser um dos motivos de estarmos detectando resíduos em limites acima dos permitidos. Tudo indica que para a próxima safra o problema deve ser resolvido”, salientou Young Blood.- “Está faltando crédito para o setor rural”, diz governador do MS
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