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Tecnologia pode auxiliar ampliação de área irrigada no Brasil
#souagro| Por meio da tecnologia, o Brasil tem potencial para expandir a área irrigada sem comprometer os outros usos de recursos hídricos. O País tem, atualmente, 8,2 milhões de hectares irrigados, com potencial para 55 milhões apenas sobre as áreas que já estão em uso.
O pesquisador Alberto Barreto explica que o Brasil tem potencial para atender a demanda mundial de alimentos com a intensificação e a expansão sustentável da agricultura irrigada. Isso sempre associado a outras estratégias, como a conectividade rural. O tema foi discutido durante um seminário de comemoração ao Dia Nacional da Agricultura Irrigada.
Para ele, o tema segurança alimentar transborda os limites do rural.
“A combinação equilibrada de disponibilidade, acesso e utilização dos alimentos é o que compõe a segurança alimentar. Não adianta ter disponibilidade e não ter renda ou ter renda e não saber utilizar esses alimentos para montar uma dieta que vai manter a segurança alimentar”.
O pesquisador diz ainda que é possível aumentar a área irrigada sem comprometer os outros usos e que o Brasil pode chegar a 53,4 milhões de hectares adicionais de área irrigada.
“Esse é um uso seguro e pode ser um estoque não só brasileiro, mas planetário. Porque para tratar a questão ambiental e segurança alimentar, a irrigação vem, primeiro, cumprir a missão de fazer uma fronteira agrícola onde já existe agropecuária. Inclusive, podemos pensar na irrigação como nossa última fronteira agrícola em que esses 53,4 milhões de hectares é o que temos para trabalhar nos próximos 30 anos.”
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Frederico Cintra, coordenador Geral de Irrigação e Drenagem do Ministério da Agricultura, também destacou o papel da irrigação como uma das principais tecnologias e estratégias para o País avançar na segurança alimentar. Ele apresentou a proposta de criação do Programa Nacional de Agricultura Irrigada que o órgão está desenvolvendo.
“A irrigação permite a diversificação da produção, reduz os riscos dessa produção, diminui a pressão sobre novas fronteiras agrícolas e áreas de vegetação nativa, ajuda o produtor a se adaptar e mitigar os gases de efeito estufa frente às mudanças climáticas e traz desenvolvimento para região com geração de emprego e renda”.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Portal do Agronegócio)