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Sede da Confederação Nacional da Agropecuária é atacada
#souagro| Um rastro de destruição foi deixado na sede da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), que fica na Asa Norte de Brasília (DF). Pichações com mensagens críticas ao agronegócio brasileiro e ao presidente da República Jair Bolsonaro, foram feitas no prédio nesta quarta-feira (20).
Manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram até a sede para protestar. Segundo o Movimento, a manifestação na CNA, integra a “Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária“, que é realizada em todo Brasil com o lema “Terra, Teto e Pão”.
O ataque
Segundo o Brasil Sem Medo, aproximadamente 40 pessoas entre homens e mulheres, chegaram na sede com um ônibus e iniciaram as pichações e depois abandonaram cartazes e materiais utilizados no vandalismo, inclusive, a Polícia apreendeu sprays de tinta e barras de ferro. Em seguida o grupo fugiu de ônibus, mas a Polícia Militar alcançou o veículo próximo a Vila Planalto, bairro central de Brasília, e encaminhou os envolvidos para a delegacia.
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Ainda segundo o Brasil Sem Medo, já na delegacia, um dos manifestantes disse que teria sido pago para participar do ato de depredação do prédio, mas não informou quem o contratou. Também foi apurado que o ônibus foi fretado por uma senhora, possivelmente uma “laranja”.
Os envolvidos eram de vários estados brasileiros e alguns se apresentaram como estudantes de curso de agroecologia e outros de artes.
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Defesa
O advogado Diego Vedovatto, esteve na delegacia para defender o grupo. Ele foi contrato pelo deputado federal Nilson Tato e a deputada distrital Arlete Sampaio, os dois filiados ao PT. Um representante do MST também esteve na delegacia, e era ligado a um dos advogados responsáveis pela defesa.
Mesmo assim, nenhuma das pessoas levadas a delegacia admitiu ser filiado a algum partido político ou ligado ao MST. Por orientação da defesa, os envolvidos assinaram o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. A ação será investigada, e eles terão de prestar esclarecimentos em juízo.
CNA
A Confederação Nacional da Agropecuária (CNA) ainda não se manifestou sobre o ataque.
(Débora Damasceno/ Sou Agro com Brasil de Fato)
(Fotos: Yasmin Alencar/BSM)