AGRICULTURA
Quando a agricultura gera vida em meio ao deserto
#souagro | Enquanto muitos de nós ainda sentem dificuldades quando se depara com longos períodos de estiagem e escassez hídrica na agricultura, em outros países, em condições muito mais adversas, é possível testemunhar até onde vai a determinação e desejo de transformar sonho em realidade. A agricultura gera vida em meio ao deserto.
Vastas áreas verdes em meia ao deserto com temperaturas acima de 40 graus de dia e abaixo de zero à noite. Assim é a Arábia Saudita, país situado na Ásia, mais precisamente no Oriente Médio. O clima predominante é o árido quente, com uma pequena região apresentando clima sub-tropical. Nesta reportagem, você vai conferir a evolução dos investimentos em agricultura daquele país, com verdes campos no meio do nada. O verde contrastando com o branco da areia ganha vida por meio de extensos sistemas de irrigação por meio de pivô central.
As reservas de águas ocultas no deserto têm transformado o cenário saudita, mais especificamente na região da bacia de Wadi As-Sirhan. O deserto em tons de verde é caracterizado por círculos concentrando o plantio de grãos, frutas e legumes, em pleno deserto. Cada um dos campos circulares tem um quilômetro de extensão. A água existente são oásis subterrâneos datadas da era do gelo. Há 20 mil anos, essa água formou aquíferos enterrados muito abaixo dos oceanos de área e das formações de calcário.
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As fontes subterrâneas foram alcançadas pelos árabes por intermédio de escavações de rocha sedimentar, com escavações de até um quilômetro abaixo da areia do deserto. Estimativas dão conta que esses reservatórios subterrâneos abrigam entre 252 a 870 quilômetros cúbicos. Essa extração tem vida útil: biólogos acreditam que deve se estender por mais 50 anos apenas.
Nestes locais na Arábia Saudita, a média anual de precipitação pluviométrica é de 100 a 200 milímetros. De acordo com a Food and Agricultural Organization, há 15 anos, o país tinha 2.4 km cúbicos de fontes renováveis de água doce na superfície e o consumo humano, agrário e industrial, totalizava 23.7 km cúbicos ao ano. O volume de água utilizado no deserto triplicou de 6.8 km na década de 1980 para 21 m cúbicos em 2006.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com Nasa)
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