Foto: AEN

Projeto da criação de abelhas nativas sem ferrão ganha cada vez mais espaço no PR

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O Poliniza Paraná, premiado e referência nacional em sustentabilidade, será ampliado pelo Governo do Estado e chegará agora às Unidades de Conservação (UCs). Dez espaços, de nove municípios diferentes, foram selecionados para a expansão. Os contratos foram homologados no início deste mês, com compra e instalação das colmeias. O investimento é de R$ 72 mil. A proposta consiste na construção de jardins com colmeias para criação de abelhas nativas sem ferrão, com o objetivo de promover a conservação da biodiversidade por meio da polinização – processo que garante maior qualidade e produtividade a frutos e grãos. Integra o Paraná Mais Verde e foi inspirado nos “Jardins de Mel”, da Prefeitura de Curitiba.

O programa é uma parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) com o Instituto Água e Terra (IAT).

 

“Os jardins do Poliniza Paraná chamam a atenção de toda a população, especialmente das crianças, para a importância de cuidar do meio ambiente”, destaca o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

Nesta nova fase serão incorporados ao programa de criação das abelhas, a Estação Ecológica Ilha do Mel e Parque Estadual Ilha do Mel, ambos em Paranaguá; Parque Estadual Serra da Baitaca e Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara; Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi; Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa; Monumento Natural Estadual Salto São João, em Prudentópolis; Parque Estadual Lago Azul, em Campo Mourão; Parque Estadual do Monge, na Lapa; e Parque Estadual de Campinhos, em Tunas do Paraná.

As abelhas são responsáveis por aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas e utilizadas na alimentação humana. Atraídas pelo cheiro e pelas cores, as abelhas voam de flor em flor, colhem o pólen e promovem a reprodução cruzada dessas plantas. Além disso, garantem produção de frutos de melhor qualidade e com maior número de sementes.

As espécies indicadas para implantação das colmeias são: Guaraipo, Jataí, Mandaçaia, Mirim-Guaçu, Manduri, Iraí e Tubuna.

NOVAS EXPANSÕES

A fase inicial do Poliniza Paraná começou no ano passado. O primeiro local que recebeu as colmeias foi o Chapéu Pensador, da Copel, por meio de um termo de cooperação com a prefeitura da Capital. O programa está também em Parques Urbanos de Brasilândia do Sul, Campo Mourão, Kaloré, Maringá, Marumbi, São João e Sapopema.

Secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge explicou que o objetivo é levar o projeto para todas as regiões do Paraná e, com a expansão, fortalecer ainda mais a educação ambiental, gerando um novo atrativo para o turismo em parques e unidades de conservação. “É um projeto que chama a atenção da população para o cuidado com o meio ambiente, e queremos expandi-lo ainda mais”, afirmou.

O Poliniza Paraná é, também, um dos meios de se alcançar as metas definidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), principalmente relacionado ao objetivo 15 – Vida Terrestre.

“Entre os objetivos também estão o de reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, já que muitos se encontram ameaçados de extinção. Além disso, despertar na sociedade a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza”, disse o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

PRÊMIO

No ano passado, o sucesso do projeto garantiu o 2º lugar no 9º Prêmio A3P, na categoria “Destaque da Rede A3P” (Programa Agenda Ambiental na Administração Pública, do Ministério do Meio Ambiente). O Prêmio reconhece o mérito de iniciativas de organizações da administração pública do País na promoção e realização de melhores práticas de sustentabilidade.

(Com AEN)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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