FAEP repudia avanço de invasão em propriedade

“Infelizmente, presenciamos mais um episódio criminoso de desrespeito à propriedade privada no Paraná. Somos veementemente contra essa insegurança generalizada que ocorre com nossos produtores da região Oeste. É preciso que as autoridades tomem providências e não deixem esses crimes impunes. Temos que garantir o direito à propriedade para que o produtor produza alimentos, gere emprego e renda e contribua para o desenvolvimento do Estado”, enfatiza Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP.
FPA articula medidas para combater invasões de terras
Há décadas, o Sistema FAEP pede o cumprimento do Marco Temporal, que ratifica que as demarcações de terras indígenas devem ser limitadas à data da promulgação da Constituição Federal (5 de outubro de 1988), para que os produtores rurais tenham segurança jurídica. No final de 2023, foi publicada a Lei 14.701, que ratifica o Marco Temporal. Apesar disso, segue, até o momento, a instabilidade jurídica com a falta da aplicação da própria Lei.
Contrário à aquisição de terras pela Itaipu
No fim de fevereiro, a Itaipu Binacional aprovou um acordo para o uso de R$ 240 milhões para comprar 3 mil hectares de terras no Oeste do Paraná em caráter emergencial a serem destinados a comunidades indígenas Avá-Guarani. A homologação do acordo para a compra de terras ocorreu em 24 de março, por decisão do Ministro Dias Toffoli. O Sistema FAEP é contra essa medida, por não envolver os produtores rurais e entidades representativas do setor na mesa de negociação.
No dia 28 de março, o Sistema FAEP protocolou um Agravo Regimental perante a Ação Cível Originária (ACO) nº 3.555/DF, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). O Agravo Regimental é um recurso utilizado para contestar decisões monocráticas, ou seja, proferidas por um único juiz. Com essa medida, o Sistema FAEP busca que a decisão seja reavaliada por um colegiado de magistrados. A entidade está buscando, ainda, uma audiência com o Ministro Dias Toffoli, relator da decisão.
“Vamos continuar defendendo os interesses dos nossos produtores rurais e exigindo que a lei seja cumprida, para que exista segurança jurídica no meio rural”, afirma Meneguette.
(Com FAEP)