Carne suína paranaense dobra a parcipação internacional

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Fernando Ogura

As exportações paranaenses de carnes suína e de frango in natura, de cereais e de automóveis registraram crescimento superior a 20% no 1º trimestre de 2025, na comparação com os três primeiros meses do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que elaborou o “Informativo do Comércio Exterior Paranaense – Exportação” , divulgado nesta segunda-feira (14).

CARNE DE FRANGO

No caso do frango in natura, a variação foi de 23%, saltando de US$ 814 milhões no 1º trimestre de 2024 para US$ 1 bilhão nos três primeiros meses de 2025. A participação desse produto na balança de exportações paranaenses também cresceu, passando de 14,8% para 18,8%. O Estado é líder nacional na produção de frangos, responsável por 34,2% da produção no País.

CARNE SUÍNA

Em carne suína in natura, o crescimento foi de 89,5%, saindo de US$ 64 milhões entre janeiro e março de 2024 para US$ 121 milhões nos mesmos três meses de 2025, praticamente dobrando a participação do produto na pauta internacional paranaense, alcançando 2,3%, ante 1,2% no primeiro trimestre do ano anterior. Segundo maior produtor brasileiro de suínos, em 2024 o Paraná diminui a diferença com Santa Catarina, chegando a 21,5% dos abates no País.

Ainda no setor de alimentos e com crescimento de 20,9%, a venda de cereais para o mercado internacional passou de US$ 215 milhões para US$ 260 milhões, crescendo um ponto percentual em relação à sua participação na pauta de exportações do Paraná, com 4,9%.

AUTOMÓVEIS

A maior alta na comparação entre os primeiros trimestres de 2024 e de 2025, porém, foi na exportação de automóveis, setor em que o Paraná é o segundo maior polo do Brasil, chegando a 130,4% de variação, resultando em uma elevação de US$ 72 milhões para US$ 167 milhões. Isso fez com que a participação na balança de exportações paranaenses mais que dobrasse, passando de 1,3% para 3,1%.

No total, as exportações paranaenses atingiram US$ 5,3 bilhões no acumulado de janeiro a março deste ano, o que garantiu ao Estado a quinta colocação entre as unidades da Federação, com 5,3% de participação, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

MERCADOS

Em termos de mercados, a China foi o principal cliente dos produtos paranaenses, absorvendo 21,9% das exportações estaduais; seguida pela Argentina, com participação de 6,9%; Estados Unidos, com 6,7%, e México, com 4,1%. Com representatividade entre 2% e 3%, aparecem ainda Irã, Paraguai, Bangladesh, Chile, Emirados Árabes Unidos e Índia.

De acordo com o secretário do Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, as exportações exercem um papel importante no crescimento econômico do Estado, uma vez que ao atender o mercado internacional são gerados empregos e salários localmente. “As exportações são uma vocação paranaense, envolvendo praticamente todas as regiões do Estado”, afirma.

Com base no cenário atual de barreiras tarifárias, o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, analisa que o Paraná pode aproveitar para ampliar sua participação no comércio internacional. “Mesmo com as disputas comerciais, que são prejudiciais para a economia mundial, há oportunidades que podem ser abertas ao Paraná, principalmente no segmento de commodities agropecuárias, com a substituição, favoravelmente ao Estado, de fornecedores para grandes mercados”, explica.

(DA ASSESSORIA, AEN)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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