Alta no dólar e aumento da demanda elevam preços da soja

Os preços da soja subiram nos mercados nacional e internacional ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, no Brasil, a alta nos valores foi intensificada pela expressiva valorização do dólar frente ao Real – a moeda norte-americana chegou a ser negociada acima de R$ 6 na semana passada.
O ritmo de negócios no mercado spot nacional, no entanto, foi limitado pela forte oscilação cambial, que deixou parte dos agentes mais cautelosa e à espera de melhores oportunidades. O setor nacional segue bastante atento ao contexto externo.
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No dia 9, o governo dos Estados Unidos suspendeu as tarifas recíprocas de vários países (incluindo o Brasil) por 90 dias, com exceção da China.
Pesquisadores do Cepea indicam que, por um lado, esse cenário trouxe certo alívio ao mercado e movimentou as transações internacionais, mas, por outro, acirrou a guerra comercial com a China, que, por sua vez, deve buscar intensificar as importações de outros países, como o Brasil – vale lembrar que a China já é o principal destino da soja brasileira.
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Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho reagiram na última semana em algumas regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas, interrompendo o movimento de queda verificado desde o encerramento de março.
Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação veio sobretudo do retorno de compradores em determinadas praças, como as de São Paulo.
Esses demandantes estiveram mais ativos porque buscavam recompor os estoques e se abastecer para as próximas semanas, quando feriados podem dificultar as entregas. Vendedores, no entanto, atentos ao aquecimento da demanda, voltaram a limitar a oferta e a pedir valores maiores.
Quanto à produção nacional da safra 2024/25, relatório divulgado na semana passada pela Conab apontou 124,74 milhões de toneladas, aumento de 8% frente à temporada anterior.
(Com Cepea)