Soja: Preços sobem no fim de fevereiro; Mandioca : preços seguiram em queda

Os preços da soja subiram no Brasil no encerramento de fevereiro, influenciados pelo aquecimento da demanda interna.
Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que uma safra abundante esteja sendo colhida na América do Sul, preocupações com a produtividade das lavouras que ainda a serão colhidas, o aumento dos custos logísticos e a sinalização por parte do USDA de uma possível menor área com soja nos Estados Unidos ajudaram a sustentar as cotações domésticas.
Quanto aos derivados, levantamento do Cepea mostra que os preços do óleo e do farelo encerraram o mês em direções opostas.
De acordo com pesquisadores do Cepea, no caso do óleo, os valores subiram, impulsionados pela forte demanda, tanto para o setor alimentício quanto para a indústria de biocombustíveis. Já para o farelo de soja, houve desvalorização, o que reflete a cautela dos compradores, que aguardam um maior avanço da colheita para negociar novos lotes.
MANDIOCA: VALOR MÉDIO DE FEVEREIRO É O MENOR DESDE SET/24
Pesquisadores do Cepea indicam que a oferta de raiz de mandioca às indústrias seguiu elevada na última semana de fevereiro.
A maior disponibilidade de matéria-prima se deve ao interesse do produtor em se capitalizar e/ou liberar áreas. Diante disso, os preços levantados pelo Cepea seguiram em queda.
Entre 24 e 28 de fevereiro, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 560,20, baixa de 1,5% frente à da semana anterior.
Trata-se, inclusive, da oitava semana consecutiva de retração, o que levou a média mensal ao menor patamar desde setembro do ano passado. Em fevereiro, a média do Cepea foi de R$ 578,97/t (R$ 1,0069/grama de amido), recuo de 12,6% em relação ao mês anterior.