Indígena é decapitado por colegas após desentendimento agrário

O crime aconteceu dois dias antes da assinatura do chamado acordo emergencial em que a Itaipu Binacional destinará R$ 240 milhões para a compra de terras que serão destinadas aos indígenas.
Na madrugada deste domingo (23), três indígenas foram presos em flagrante pelo assassinato e decapitação de outro indígena, encontrado no dia anterior nas proximidades da Tekoha Jevy e do aeroporto de Guaíra, durante uma operação da Força Nacional de Segurança Pública.
Itaipu homologa na segunda R$ 240 milhões para compra de terras aos indígenas
Após a análise das evidências, segundo a Polícia, ficou claro que o homicídio foi motivado por um desentendimento grave entre os envolvidos, sem ligação direta com o conflito agrário existente entre indígenas e não indígenas nas regiões de Guaíra e Terra Roxa.
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Diante disso, o caso foi encaminhado à Justiça Estadual do Paraná. A rápida identificação dos responsáveis pelo crime foi possível graças à colaboração entre a Polícia Federal e os policiais civis da Força Nacional de Segurança Pública.
AQUISIÇÃO DE TERRAS
O acordo histórico protagonizado pela Binacional foi firmado em conjunto com a União, Funai e Incra, e trata da aquisição emergencial de três mil hectares de terras rurais, visando de acordo com a Itaipu a reparação de danos causados às comunidades indígenas Avá-Guarani das Terras Indígenas Tekoha Guasu Guavira e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, no oeste do Paraná.
O setor produtivo foi excluído do processo.