Milho se torna pilar estratégico do agronegócio

Fernanda Toigo

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Foto: Pensar Agro

Com duas safras por ano, o milho tem se consolidado como um dos pilares do agronegócio brasileiro, desempenhando um papel estratégico na produção nacional e internacional. Cultivado após a colheita da soja, o chamado “safrinha” é semeado entre janeiro e maio, aproveitando a mesma área produtiva e otimizando os recursos disponíveis.

O safrinha é mais do que uma oportunidade econômica, representa o compromisso do agronegócio brasileiro com a inovação, a sustentabilidade e o fortalecimento da produção alimentar global. Com investimentos em tecnologia, manejo eficiente e práticas sustentáveis, a cultura segue como um exemplo de como o Brasil pode liderar o caminho para um futuro mais produtivo e responsável no campo.

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Essa prática tornou-se essencial para atender à crescente demanda por alimentos, ração animal e produtos industriais, além de impulsionar as exportações. A produção de milho safrinha superou, em muitas regiões, a safra de verão, destacando-se como principal fonte de milho no Brasil.

A expansão da safrinha está diretamente ligada aos avanços tecnológicos e ao manejo agrícola adequado. Híbridos modernos, desenvolvidos por programas de melhoramento genético, oferecem maior resistência a condições climáticas adversas, como estiagens e baixas temperaturas, comuns nesse período. Além disso, a utilização de técnicas sustentáveis, como o plantio direto e a rotação de culturas, tem contribuído para preservar a fertilidade do solo e garantir a produtividade das lavouras a longo prazo.

A correção do solo é um dos pilares para o sucesso do milho safrinha. A aplicação de calcário, conhecida como calagem, corrige a acidez do solo e melhora a disponibilidade de nutrientes essenciais, como cálcio e magnésio.

O gesso agrícola também tem se mostrado eficaz na descompactação das camadas mais profundas, permitindo que as raízes se desenvolvam em maior profundidade e aumentando a tolerância ao estresse hídrico. A adubação equilibrada é ajustada às condições específicas da safrinha, levando em conta a análise do solo e as exigências da cultura em relação a macronutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio.

A safrinha enfrenta desafios climáticos significativos, como a menor disponibilidade de água e as baixas temperaturas, que podem limitar o crescimento das plantas e a formação dos grãos. Geadas em regiões específicas também representam um risco, causando danos fisiológicos e impactando diretamente na produtividade. Para mitigar esses efeitos, o uso de tecnologias inovadoras tem sido fundamental. Produtos como bioestimulantes e aminoácidos ajudam a fortalecer o metabolismo das plantas, aumentando sua resistência ao estresse ambiental e melhorando a eficiência na absorção de nutrientes.

O manejo integrado de pragas e doenças é outro aspecto essencial no cultivo do milho safrinha. O monitoramento constante das lavouras permite identificar infestações em estágios iniciais, facilitando o controle e evitando perdas significativas. Métodos biológicos, aliados ao uso racional de defensivos químicos, garantem maior sustentabilidade e reduzem o impacto ambiental. Além disso, a adoção de boas práticas agrícolas, como a eliminação de plantas daninhas e a rotação de culturas, contribui para reduzir a pressão de pragas e patógenos.

A adubação foliar tem ganhado espaço como uma estratégia complementar para suprir deficiências nutricionais e melhorar o desempenho fisiológico das plantas. Aplicada em momentos específicos do ciclo, ela garante maior eficiência no uso de nutrientes e aumenta a produtividade, mesmo em condições adversas.

A densidade de plantio é outro fator crítico no manejo do milho safrinha. Híbridos de porte mais baixo e maior resistência ao acamamento podem ser cultivados em populações mais densas, enquanto variedades mais sensíveis exigem espaçamento maior. A definição da densidade ideal deve levar em conta as características do híbrido, a fertilidade do solo e as condições climáticas previstas.[

As pesquisas no setor continuam a oferecer soluções inovadoras para aumentar a eficiência e a rentabilidade do milho safrinha. Estudos recentes destacam os benefícios de produtos biológicos e tecnologias de agricultura de precisão, que permitem o manejo mais assertivo dos insumos. O uso de técnicas sustentáveis, como a adubação verde e o consórcio de culturas, também tem mostrado resultados promissores na melhoria da qualidade do solo e na redução de custos.

(Com Pensar Agro)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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