Crédito - Paulo Rossi / Divulgação

Entidades contestam números da Conab sobre a safra de arroz

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
Crédito - Paulo Rossi / Divulgação

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) emitiram nota conjunta contestando os números da safra de arroz divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No comunicado, as entidades externaram sua profunda preocupação com a “nova rodada de desinformação quanto aos dados de área, produtividade e produção de arroz” que estão sendo divulgados pela autarquia.

Conforme a nota, as entidades lembram que no ano passado o governo brasileiro estava disposto a “desperdiçar R$ 7,2 bilhões para compra de arroz importado”, com o intuito de ser vendido com preço tabelado e abaixo do custo de produção, sob a alegação que faltaria arroz para o consumidor interno. “Dissemos, de maneira clara, que não faltaria arroz e não faltou, em nenhum supermercado do Brasil, nenhum dia e nem por um minuto, apesar do pânico causado na população pelo próprio governo”, observou o comunicado.

As entidades reforçam que o governo divulgou através da Conab dados “equivocados sobre a produção de arroz”, superestimando a produção com o intuito claro de intervir nos preços do cereal, o que pode causar mais problemas para produtores, indústrias, varejistas e, principalmente, consumidores. “Informamos que, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), órgão que, diferentemente da Conab, realiza levantamentos de campo e o faz por várias décadas, a área plantada efetivamente cresceu em relação à 2024, mas 2,69% e não 9,7% como erroneamente está sendo informado pela Conab. Embora pareça pouco, esse erro pode custar bilhões de Reais ao país”, destacam.

No comunicado, Federarroz e Farsul tranquilizam a sociedade e dizem que, como de costume, será produzido bem mais do que os brasileiros consomem, o que nos obrigará a exportar excedentes, não havendo nenhum risco de desabastecimento. “Por fim, nos preocupam os retrocessos que temos presenciado com o sistema de informação oficial do governo federal. Mais diretores estão saindo do IBGE por não compactuarem com a nova política daquele instituto para a forma de produção e divulgação dos dados, enquanto a Conab continua informando dados que se alinham aos interesses ideológicos, mas que divergem da realidade observada”, conclui a nota.

Com Federarroz

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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