Cacau valendo mais que bitcoin?

Fernanda Toigo

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Foto: Gettyimages

O cacau fez história em 2024. Os preços do mercado futuro da amêndoa dispararam mais do que o bitcoin no ano passado. Segundo o analista de grãos da plataforma DTN para a plataforma norte-americana Progressive Farmer, Mitch Miller, mostram que o cacau abriu a US$ 4.209 por tonelada em janeiro de 2024 e disparou para US$ 12.931 por tonelada em 18 de dezembro, na Bolsa de Nova York.

Embora ambos os ativos tenham registrado aumentos significativos em 2024, o cacau superou o Bitcoin em termos de valorização percentual. A cotação alcançada pelo cacau foi o preço mais alto em 50 anos, subindo acima de 200%, enquanto o Bitcoin teve um aumento de aproximadamente 120% no mesmo período.

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O principal motivo da alta foi o clima adverso que castigou as safras na África Ocidental, região que cultiva cerca de 70% de todo o cacau do mundo. A região foi atingida por fortes chuvas no verão passado e pela seca no outono. Relatórios recentes sobre o volume de grãos de cacau estocados pelas empresas exportadoras mostram que o volume está abaixo da média de cinco anos, o que aponta para um menor tamanho da safra em 2025. O preço de varejo deve subir em 2025 com um aumento de pelo menos 10% nos preços do chocolate ao consumidor.

O Bitcoin também apresentou um desempenho notável em 2024, com seu valor mais do que dobrando ao longo do ano, embora tenha ficado abaixo do cacau. Em dezembro, a criptomoeda ultrapassou a marca de US$ 100 mil, atingindo um recorde histórico de US$ 108.300 em meados do mês.

Esse crescimento foi impulsionado pela aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos e pelo otimismo em relação a um ambiente regulatório mais favorável, especialmente após a eleição de Donald Trump. Analistas preveem que o Bitcoin possa alcançar US$ 225 mil até o final de 2025, impulsionado por ciclos históricos de preço e crescente adoção institucional.

(Com Forbes)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos, como o Jornal A Cidade e o Jornal do Oeste. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. De 2010 a 2020, foi repórter da Catve, afiliada da TV Cultura em Cascavel-PR. Desde 2021, é jornalista da Tarobá, em Cascavel, onde atualmente exerce as funções de coordenadora de reportagem e apresentadora. Em 2023, integrou a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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