Foto: Reprodução/CNA

Preços do Café Arábica Atingem o Maior Valor em Quase Meio Século

Redação Sou Agro
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Os preços de referência mundiais do café arábica subiram acima de US$ 3,20 por libra-peso nesta quarta-feira (27), atingindo o valor mais alto em quase meio século, com os agricultores do Brasil ainda relutantes em vender e os especuladores acumulando posições.

Os cafeicultores brasileiros, que cultivam quase metade da produção mundial de arábica, venderam até 70% da safra atual e não têm pressa em vender a safra do próximo ano, apostando em preços ainda mais altos, de acordo com comerciantes e especialistas do setor.

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Enquanto isso, duas fontes do setor disseram que há rumores de que um comerciante de café de médio porte no Brasil esteja em dificuldades financeiras.

“Os agricultores brasileiros não estão interessados em vender, o comércio não tem dinheiro e não pode vender ou colocar novos hedges, e os especuladores certamente não venderão, portanto, não há muitos vendedores”, disse um especialista em café de uma das principais casas de comércio agrícola do mundo.

Ele acrescentou que a conversa de que os traders estão ficando sem dinheiro não está ajudando e que, embora não esteja claro onde a alta terminará, é provável que uma solução para a escassez não apareça tão cedo.

Os contratos futuros de março do café arábica na bolsa de valores ICE, usados para definir os preços físicos do café em todo o mundo, subiram 4,6%, para fechara a US$ 3,2305 por libra-peso, depois de terem atingido o valor mais alto desde 1977, a US$ 3,2615. O contrato subiu mais de 70% este ano.

O café robusta subiu 6,9%, para US$ 5.533 a tonelada métrica.

A trader Sucafina disse que os temores de que os produtores possam não cumprir ou atrasar as entregas, juntamente com o aumento dos custos de hedge — devido às chamadas de margem mais caras — estão levando ao pânico, tentando os traders a fechar seus hedges comprando futuros.

A safra brasileira do próximo ano parece ter perdido algum potencial após a seca do início do ano, com a umidade do solo ainda baixa, apesar das chuvas recentes, e temores de que as flores atuais não se fixem nos galhos e formem cerejas para a colheita.

Em outras soft commodities negociadas, o açúcar bruto de março subiu 0,6%, para US$ 21,69 por libra-peso, tendo marcado sete semanas consecutivas de perdas na semana passada, enquanto o açúcar branco de março ganhou 0,9%, para US$ 560,20 a tonelada.

O cacau em Londres caiu 194 libras, ou 2,5%, para 7.443 libras por tonelada, depois de atingir uma máxima de cinco meses de 7.678 libras na terça-feira.

(Com Forbes)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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