Em diferentes escolas, professora coleciona conquistas no Agrinho
Ao longo de 29 anos de história, o Agrinho vem transformando as salas de aula em espaços mais dinâmicos e participativos. Diante do impacto positivo no desenvolvimento dos alunos, os professores aprimoram seu trabalho na busca por novas formas de ensinar. Exemplo disso é a professora Thalita Fernanda Machry, de Peabiru, no Noroeste do Paraná, que desde que começou a trabalhar com o Agrinho, em 2018, participa de todas as edições do programa. Naquele ano, junto com a equipe da Escola Municipal Darci Ribeiro e a diretora Teófila Klepa, conquistou o 1º lugar na categoria Escola Agrinho, garantindo computadores como prêmio para a instituição.
Em 2019 e 2021, Thalita participou com projetos na categoria Experiência Pedagógica. Embora o prêmio não tenha vindo nesses anos, seu empenho contribuiu para que a escola ganhasse mais dois prêmios na categoria Escola Agrinho. Finalmente, em 2022, a docente conquistou o tão sonhado 1º lugar na categoria Experiência Pedagógica, com o projeto “Polinizando o futuro”.
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“Eu ia trabalhar outro tema com os alunos, mas, no meio de uma aula, algumas abelhas entraram na sala e causaram um alvoroço com as crianças. Foi quando decidi mostrar como as abelhas são importantes para a vida humana”, conta. “Na primeira vez que participei com projeto, eu fiquei feliz com o 5º lugar na etapa regional. Na segunda, fiquei muito longe. E em 2022 deu certo. Curiosamente, foi o ano mais difícil da minha profissão. Então, quando fui premiada, foi maravilhoso”, complementa.
Para Thalita, o programa do Sistema FAEP valoriza os professores. Desde que ganhou o carro – carinhosamente apelidado de “Agrinho” –, ela tem visto sua conquista inspirar outros docentes em Peabiru. Até 2022, apenas a Escola Municipal Darci Ribeiro participava do programa, mas, nos anos seguintes, a adesão aumentou. Em 2024, praticamente todas as escolas do município se engajaram no Agrinho. Thalita, que mudou de escola duas vezes, levou a iniciativa consigo, deixando sua marca em cada instituição. “A gente vai semeando no coração das crianças e de outros professores essa vontade de ser Agrinho”, diz.
Em 2023, Peabiru contou com quatro finalistas na categoria Experiência Pedagógica, e, neste ano, foram três – com Thalita entre eles em ambas as edições. Ela explica que, em cada ano, escolheu temas de projetos que incluíssem alunos autistas de sua turma, valorizando seus interesses e promovendo a inclusão. Como resultado, os alunos se encantaram pelo Agrinho e passaram a participar mais ativamente das atividades.
“O Agrinho transformou a minha vida e transforma a vida das minhas crianças constantemente. É por meio dos projetos que podemos tornar alguns sonhos possíveis e fazer elas acreditarem que tantos outros podem se realizar no futuro. A gente sai dos muros da escola e as crianças veem o mundo com outros olhos”, afirma Thalita.
Para a próxima edição, a “professora Agrinho”, como se autodenomina, já está planejando seu novo projeto. Além de participar da categoria Experiência Pedagógica, seu principal objetivo é levar alunos premiados para a celebração.
(Com FAEP)