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Queijos coloniais buscam reconhecimento estadual e a Indicação Geográfica

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Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Produtores de queijos coloniais da região de Cantuquiriguaçu, no centro-oeste do Paraná, estão unidos em um esforço conjunto para valorizar e expandir a comercialização de seus produtos. Em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e o Sebrae/PR, a Associação de Produtores de Queijos e Derivados de Leite da Região Centro do Paraná (Aproleq) trabalha para que os queijos artesanais produzidos localmente conquistem o selo Susaf, que permitirá sua venda em todo o Estado. Além disso, os produtores miram a formalização da associação para pleitear uma Indicação Geográfica (IG), reconhecimento que destaca a origem e a tradição do produto, agregando valor ao queijo colonial da Cantuquiriguaçu.

Leila Aparecida Brandalize, presidente da Aproleq, explica que a iniciativa surgiu após várias reuniões envolvendo a associação e o Sebrae/PR: “Essa ideia surgiu depois de algumas reuniões que foram feitas com o pessoal da Associação e até mesmo via Sebrae para valorizar o nosso produto. Enquanto você tem o queijo de forma individual, faz a mídia da tua queijaria, vive uma realidade de mercado; mas quando você está nas prateleiras e redes sociais com mais órgãos que possam divulgar esses produtos e a qualidade deles, valoriza o que os produtores estão fazendo e até nos incentiva a buscar ainda mais espaço no mercado”, disse.

 

A expectativa dos produtores com a conquista do selo Susaf para todos os produtores é grande, pois, atualmente, apenas alguns associados têm essa chancela para vender em todo o Estado. Foto: Aproleq

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Para Angelita Surkamp, proprietária da queijaria em Pinhão, o reconhecimento oficial, aliado à participação em concursos e eventos, é uma oportunidade de contar a história da produção familiar: “A gente espera que o nosso produto seja cada dia mais famoso, com essa indicação e os concursos que participamos, os consumidores vão ter conhecimento sobre que estamos produzindo. Minha mãe fazia queijo, minha sogra fazia também, então hoje já é espontâneo – o turista chega, ouve a nossa história e, se houver a conquista da Indicação Geográfica, isso vai para muito mais longe, podendo atingir pessoas de todo o Brasil”, projetou.

O extensionista do IDR-Paraná, Jaison Gonsalves dos Reis, também destaca o impacto cultural e econômico desse processo: “Especificamente no processo de IG, a gente vê como algo extremamente importante e necessário, visto o momento que se vive hoje na cadeia produtiva ligada à produção de queijo. Isso já é um conhecimento que vem de muito tempo, mas que não estava sendo visível da forma que merece”, completou.

Edson Braga, consultor do Sebrae/PR, reforça a importância do trabalho que vem sendo realizado: “É essencial porque, além de incentivar os produtores locais, também valoriza o produto da região. Nossa atuação iniciou há muito tempo, já auxiliando produtores na formalização dos negócios, obtenção de selos e incentivo à participação em prêmios nacionais e mundiais… Agora, queremos continuar por meio da associação e, quem sabe, conquistar a Indicação Geográfica”, concluiu.

Com o apoio de instituições e a união dos produtores, a região da Cantuquiriguaçu está prestes a consolidar a marca dos seus queijos coloniais no cenário estadual e, futuramente, no nacional.

Paraná
Atualmente, no Paraná, são 14 Indicações Geográficas reconhecidas pelo INPI: cachaça e aguardente de Morretes; melado de Capanema; mel de Ortigueira; cafés especiais do Norte Pioneiro; morango do Norte Pioneiro; vinhos de Bituruna; goiaba de Carlópolis; mel do Oeste do Paraná; barreado do Litoral do Paraná; queijos coloniais de Witmarsum; bala de banana de Antonina; erva-mate São Matheus; camomila de Mandirituba; e uvas finas de Marialva. Além delas, há uma IG concedida para Santa Catarina, que também envolve municípios do Paraná e Rio Grande do Sul, que é o mel de melato da Bracatinga do Planalto Sul do Brasil.

(Da Assessoria)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)