Encerrado júri técnico do Prêmio CNA Brasil Artesanal de cerveja
Durante dois dias, dez especialistas do setor cervejeiro do país estiveram reunidos na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil para a realização do júri técnico do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024.
Os especialistas avaliaram mais de 150 produtos, na quinta (3) e na sexta (4), e escolheram as dez melhores marcas de cervejas inscritas no concurso – cinco na categoria Ale (alta fermentação) e Lager (baixa fermentação).
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O encerramento do júri técnico foi feito pelo diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva. Também participaram a assessora técnica e organizadora do concurso, Fernanda Regina, e assessora técnica da CNA, Eduarda Lee.
Maciel agradeceu o trabalho dos jurados e destacou a importância que o concurso tem para os produtores. “Não só os dez selecionados, que vão para o júri popular, saíram ganhando, mas todos os inscritos. Esse concurso beneficia toda a cadeia produtiva”, disse.
O júri técnico foi a primeira etapa de avaliação do concurso. Os especialistas analisaram os produtos, sem identificação, com parâmetros e normas internacionais. Para a assessora técnica da CNA e organizadora do prêmio, a etapa técnica foi um sucesso.
“Nesses dois dias vocês podem ter certeza que contribuíram para a mudança de vida de muitos produtores, que terão seus negócios prosperando, como observamos em edições anteriores do prêmio. É um grande ganho de visibilidade, de melhoria da qualidade do produto, acesso a mercados e aumento de lucratividade”, afirmou.
A próxima etapa do concurso será a realização do júri popular, no dia 25 de outubro, no complexo gastronômico Mané Mercado, das 18h às 0h, com as dez marcas de cerveja selecionadas pelos especialistas. A degustação também será realizada sem identificação do produto.
Qualidade – O júri técnico foi formado por dez especialistas, representantes das cinco regiões brasileiras. A alta qualidade dos produtos inscritos chamou a atenção dos especialistas. A premiação é voltada para o produtor com produção anual total de, no máximo, cinco milhões de litros/ano.
Thony Augusto, de Pirinópolis (GO), destacou a qualidade das cervejas avaliadas. “Temos muitos produtos bons. Percebemos que temos muitos produtores também utilizando ingredientes regionais, ingredientes locais na produção da cerveja. Então isso traz uma questão de regionalidade, de resgate das culturas”, explicou.
Segundo ele, o concurso é uma oportunidade para o produtor. “Todos os inscritos vão receber um feedback profissional de uma forma gratuita. É praticamente uma consultoria gratuita que ele irá receber. A gente tem hoje dez profissionais, dois de cada região do Brasil”, disse.
De acordo com Evelyn Lins, de Manaus (AM), foi uma experiência muito relevante. Ela também destacou a qualidade dos produtos e a relevância para o setor e dá um recado para os consumidores brasileiros.
“O consumidor tem que abrir mais o seu paladar, a sua mente, e ampliar o universo das cervejas além das que já são conhecidas. Quando entramos no meio cervejeiro, descobrimos que existem mais de cem estilos de cervejas. Então é preciso começar a abrir o paladar”, indicou a especialista.
Para esta edição do concurso, está previsto também um bônus de 10% sobre a pontuação final para os produtores de cerveja que cultivem cevada, lúpulo ou outro ingrediente essencial utilizado na fabricação, ou que ainda realizem, na propriedade, turismo rural ligado à atividade cervejeira. A última terá a avaliação das histórias dos produtores.
O prêmio é realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Sebrae, Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) e Papo de Sommelière.
Fotos: Assessoria de Comunicação CNA