Pesquisa sobre arroz de baixo carbono é apresentada a extensionistas
O resultado de um questionário que foi desenvolvido para tabular informações junto a produtores rurais sobre o balanço de gases de efeito estufa na produção de arroz irrigado no Rio Grande do Sul foi apresentado na última quinta-feira (5/9). O estudo foi planejado e aplicado pela equipe de extensionistas do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
O coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+RS e pesquisador da Seapi, Jackson Brilhante, apresentou os resultados do projeto. “Neste trabalho, os produtores responderam a um questionário relacionado ao manejo do solo na lavoura arrozeira com o objetivo de gerar indicadores de eficiência produtiva, promover a qualificação do selo ambiental e identificar oportunidades de melhoria dentro dos sistemas de produção de arroz irrigado”, explicou.
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Segundo Brilhante, cerca de 160 produtores de diferentes regiões do Estado participaram da pesquisa. “De uma maneira geral, observamos que os produtores que adotaram o preparo antecipado apresentaram os melhores indicadores relacionados à redução de emissão de gases de efeito estufa e com boa produtividade”, afirmou.
O pesquisador contou que os resultados demonstram que as tecnologias que reduzem as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) também promovem as maiores produtividades para o produtor de arroz. “Este trabalho foi um piloto onde consideramos apenas as emissões de GEE relacionadas ao manejo. Nesta próxima safra, vamos repetir o trabalho e incluir a avaliação de carbono do solo para de fato conseguir estimar o balanço de gases de efeito estufa na lavoura de arroz”, destacou Brilhante.
Por sua vez, a pesquisadora do Irga, Mara Grohs, especialista em balanço de gases do efeito estufa em sistemas de produção de terras baixas, afirmou que o projeto, realizado através da equipe de extensionistas do Instituto, foi de grande impacto para estimar as emissões de gases relacionados à lavoura de arroz do Estado.
“Já sabíamos que a maioria dos produtores de arroz utiliza práticas mitigadoras, como o preparo antecipado do solo, mas esse trabalho vem como mais uma ferramenta na geração de informações sobre a produção brasileira de arroz”, disse Mara. “Ele nos possibilita medir quanto dessas práticas têm sido difundidas entre os agricultores e nos dá embasamento para posicionamento de mercado em nível internacional. Para o Rio Grande do Sul, que demonstra alta vulnerabilidade climática, práticas de manejo que tragam resiliência ao sistema de produção são fundamentais”, garantiu.
(Com Agricultura/RS)