Expointer: 70 Fiscais Estaduais Agropecuários atuam na feira

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Afargo

O trabalho dos fiscais estaduais agropecuários é um dos pilares que sustenta a realização da Expointer, que será realizada de 24 de agosto a 1º de setembro de 2024, em Esteio (RS). Do total de 122 servidores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) convocados para atuar na exposição, 70 são fiscais estaduais agropecuários. A escala de trabalho começou neste domingo (18/8), com reunião de alinhamento para abertura dos portões e chegada dos animais ao Parque de Exposições Assis Brasil a partir desta segunda-feira (19/8).

“Todos os animais que participam da Expointer passam pela vistoria dos fiscais estaduais agropecuários. O objetivo do trabalho é garantir a segurança sanitária dos exemplares que participam da exposição. Nossa função é assegurar que todos estão saudáveis e que nenhuma doença transmissível circule no ambiente da feira”, explica o fiscal estadual agropecuário Jeferson Barcelos Morais, um dos coordenadores da atividade de recepção dos animais.

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Além de realizar exame clínico para avaliar a saúde do exemplar, o fiscal verifica a documentação sanitária e confere se as vacinas e os exames obrigatórios estão em dia. Na defesa sanitária, os servidores trabalham todos os dias, das 8h às 22h, até sair o último animal do parque, na terça-feira (3/9) após o término da exposição.

“Os fiscais estaduais agropecuários são atores essenciais para a Expointer, pois acompanham desde a chegada até a saída dos animais, oferecendo as garantias sanitárias necessárias para a realização de um evento desta magnitude, chancelando as atividades realizadas durante a feira e assegurando que os grandes campeões representem o que há de melhor em genética”, avalia o fiscal estadual agropecuário Paulo Ferronato, presidente da Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro).

Fiscais atuam em três atividades distintas

A defesa, que consiste na avaliação realizada para admissão sanitária dos animais, é uma das áreas de atuação da categoria na Expointer. Nesta atividade, há 51 fiscais estaduais agropecuários trabalhando com foco nos grandes animais e outros cinco nos pequenos animais. Contudo, há servidores que estão em outras duas frentes: na admissão zootécnica e na educação sanitária.

“Antes do julgamento morfológico, verificamos o correto enquadramento dos animais na sua devida categoria de campeonato, se possuem as exigências regulamentares conforme cada raça exige e a presença de condições congênitas ou genéticas que possam incapacitar a sua função reprodutora”, explica a fiscal estadual agropecuário Luciana de Araujo Borba, que atua na área de zootecnia de equinos. Após a admissão, que é realizada em conjunto com os técnicos de cada raça, os animais aptos são encaminhados para o julgamento morfológico, que também é acompanhado pelas equipes da Seapi. Os servidores realizam a oficialização dos animais vencedores em cada categoria, campeonato e grande campeonato e organizam o desfile dos grandes campeões das raças. Desta atividade da zootecnia, que envolve equinos, bovinos de corte e leite e ovinos, participam 12 fiscais estaduais agropecuários. Outros cinco servidores da categoria atuam na zootecnia de caprinos.

Já a atividade de educação sanitária, que tem como objetivo divulgar o serviço oficial e esclarecer dúvidas, conta com a atuação de dois fiscais estaduais agropecuários. “Temos um espaço multiuso com material impresso e vídeo para atender produtores, crianças e escolas”, conta o fiscal estadual agropecuário Felipe Lopes Campos, que coordena os trabalhos. Os morcegos e a transmissão da raiva, as aves silvestres e a gripe aviária são alguns dos temas abordados. A atividade está concentrada na Casa do DDA (Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal) no parque.

Hora de ir embora

Nos casos de documentação incompleta ou constatação de qualquer doença infectocontagiosa, bem como presença de parasitas, o animal é impedido de participar da exposição e retorna à propriedade de origem.

Quando ocorre alguma intercorrência em relação ao adoecimento de animais durante a feira, os fiscais estaduais agropecuários avaliam se o exemplar pode continuar no evento. No caso da morte de algum animal, os servidores providenciam a necropsia para diagnóstico da causa.

Ao final da feira, a partir de domingo (1/9) à noite, quando os animais começam a ir embora, até terça-feira (3/9), os fiscais atuam 24 horas ininterruptas até que o parque esteja completamente vazio. Neste momento, os servidores conferem a documentação de transporte para evitar a troca de animais.

Tabela_Fiscais na Expointer 2024.png
(Com Afagro)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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