Imagem de satélite mostra a nuvem de poeira do Saara | ADAM PLATFORM

Enorme nuvem de poeira do deserto do Saara cruza o Atlântico

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
Imagem de satélite mostra a nuvem de poeira do Saara | ADAM PLATFORM

Enorme nuvem de poeira do Saara cruzou o Atlântico e atingia o continente americano neste sábado, com efeitos no Sul do estado norte-americano da Flórida, onde a poeira causava redução da qualidade do ar e deixava o céu nebuloso.

Previsão do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos é que a nuvem tenha maior espessura hoje no Sul da Flórida e se dissipe lentamente no decorrer dos próximos dias à medida que se move para Norte.

Em média, a cada três a cinco dias, do final de junho até meados de agosto, uma massa de ar carregada de poeira se forma sobre o deserto do Saara.

Esta acumulação surge do deserto e pode estender-se até seis mil metros de altitude na atmosfera. Conforme a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), o “ar empoeirado” frequentemente “viaja” vários milhares de quilômetros à medida que se move para Oeste através do Oceano Atlântico, “chegando até o Caribe, a Flórida e a Costa do Golfo dos Estados Unidos quando os ventos são fortes”.

O ar quente e seco sobe do deserto do Saara, carregando finas partículas de poeira das areias. Esse ar carregado de poeira sobe até as partes mais altas da atmosfera, onde os ventos alísios (soprando de Leste para Oeste) carregam essa poeira através do Oceano Atlântico para o Hemisfério Ocidental. A camada seca que acompanha a poeira costuma inibir a formação de ciclones tropicais no Atlântico Norte.

Embora a maioria da poeira permaneça no ar, parte dela pode atingir a superfície e degradar a qualidade do ar. A Europa e as Ilhas Canárias sofrem mais com piora de qualidade do ar pelo Saara que o continente americano.

Com Metsul

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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