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Tempo às avessas: Previsão de inverno sem frio. Será?

Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Lá vem ele, o inverno. No Paraná o outono se despediu com temperaturas altas para a época. Um junho diferente. Algumas cidades do Norte e Noroeste se despediram da estação com calor de 30ºC, tempo muito seco e sem previsão de chuva, pelo menos, por hora.

O inverno chega nesta quinta-feira (20) e os modelos meteorológicos, previsões e palavras de especialistas indicam que não teremos um inverno tão rigoroso. O frio pode acontecer, mas não por períodos prolongados. Que surge de forma inesperada neste período é o chamado veranico.

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O engenheiro agrônomo, Ronaldo Coutinho, cogita chuva para o Oeste do Paraná, talvez, a partir da próxima quarta-feira.

Como a expectativa é de que a La Niña chegue ao Paraná apenas entre agosto e setembro, o estado pode experienciar um frio tardio. Temor para as lavouras. Sai El Niño, chega La Niña. El Niño é um fenômeno que provoca o aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico. A La Ninã tem os efeitos opostos do El Niño, diminui a temperatura do Oceano Pacífico, resfriando também a atmosfera. Seus efeitos clássicos no Brasil são:

  • aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
  • tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
  • tendência de tempo mais seco no Sul;
  • condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.

o Hemisfério Sul, o inverno começa no dia 20 de junho de 2024, às 17h51, e termina no dia 22 de setembro, às 9h44 (horário de Brasília). Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto os maiores volumes de precipitação (chuva) ficam concentrados sobre o noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil (figura 1a) 

A redução das chuvas em grande parte do País nesta época do ano acontece devido à persistência de massas de ar seco, que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar, o que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias. 

Além de uma menor incidência de radiação solar, a estação caracteriza-se também pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam queda na temperatura do ar, resultando em valores médios inferiores a 22ºC sobre a parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil (figura 1b). Essa diminuição de temperatura pode ocasionar: formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas. 

Durante a estação, em função das inversões térmicas no período da manhã, são comuns as formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.

Figura 1: Climatologia para o trimestre julho, agosto e setembro de: (a) precipitação (chuva) e (b) temperatura média do ar. Período de referência: 1981 – 2010. Fonte: INMET.

Confira o Prognóstico Climático do INVERNO/2024 para todas as regiões do Brasil. 

O Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet) é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

(Com Mapa/Inmet)

 

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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