Mães que semearam amor pelo Agro e já desfrutam da colheita
Segundo o Sebrae 1 milhão de mulheres administram propriedades rurais no Brasil. O número escancara uma grande mudança no cenário. A mais impactante é de que elas deixaram de ser apenas donas de casa para ir além. Não se trata de abandonar responsabilidades com a família, e sim, de acumular uma importante função, cuidar dos detalhes também do negócio.
Foi assim com Maria Angélica Linhares. “Temos uma propriedade por herança. Meu marido é engenheiro Agrônomo desde 1993 e durante dez anos tocou o trabalho sozinho, mas em 2002 recebi dele o convite para que eu assumisse a parte administrativa da propriedade, o cuidado com os papéis e deu certo”, conta.
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E de repente, a gestão passou de mãe para a filha. Bruna, filha do mais velha do casal, pegou gosto pela atividade e demonstrou habilidade na missão de conduzir a parte administrativa da propriedade. “A Bruna cursou administração e também arquitetura. Aos poucos foi se engajando à conjectura do Agro, especificações e hoje domina. Ela percebeu a oportunidade de trabalhar cuidando do patrimônio da família.”, relata a mãe.
A jovem Bruna se encarrega da organização de planilhas, gestão de pessoas e financeira. “Ela faz isso e faz a diferença no nosso escritório. Jovem tem facilidade com novos programas e tecnologia avançada. Entrega relatórios de custo por talhões. Herdei a terra do meu pai e agora passo para a terceira geração”.
E no momento em que filha assumiu as tarefas até então desempenhadas pela mãe, Maria Angélica conseguiu se dedicar de forma mais presente ao Sindicato Rural, exercendo papel direto na comunidade e em especial, com as mulheres do Agro. “Levo sempre a mensagem sobre o potencial que as mulheres tem também fora de casa. Mostro que podem assumir lugar na propriedade, se posicionando num lugar diferenciado”.
“Sucessão familiar é inevitável”
A história da família de Maria Beatriz Orso é parecida. Os filhos, Ana Paula e Ivan estudaram escolheram profissões diferentes. Ela optou pelo Direito, e ele, pela Medicina. “Não tínhamos preocupação com a sucessão, mas o tempo foi passando e percebemos que ela é necessária e inevitável. Tivemos uma conversa mais franca e real com nossos filhos e descobrimos que além de bons profissionais nas suas áreas eles eram bons administradores e sabiam muito sobre gestão. Minha filha mesmo morando longe se mostra bem interessada, sempre me dá dicas, ajuda nas dificuldades com aplicativos nos esclarece questões jurídicas. É antenada com assuntos do Agro. Sinto q embora não a tenha criado p a sucessão ela já entendeu a necessidade de estudar e aprender para o dia que for preciso.”
Ivan ajuda com o planejamento, planilhas e como fazer uma melhor gestão. “Adquirimos uma rotina de nos reunirmos mesmo on-line uma vez por semana para falar da propriedade”.
Assim como no campo, na família, a prática se assemelha. Plantar, para colher.
(Da Redação)