ESPECIAIS
Inimaginável: Com catástrofe climática RS terá 4 cidades temporárias
Em 20 dias o Rio Grande do Sul pretende construir quatro cidades temporárias. Se fosse antes da cheias, a ideia até poderia parecer futurista demais. Mas após as enchentes, a ousadia do projeto ficou pequena, frente à gigantesca destruição causada pelas águas.
As cidades temporárias serão construídas em locais onde há cerca de 65% da população no que o estado considera como “abrigamento precário”. São elas: Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba.
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De acordo com o vice-governador Gabriel Souza, esses espaços são “locais mais adequados, porém provisórios, para que, durante algum tempo, as pessoas possam estar albergadas em locais com mais dignidade e conforto para si e para suas famílias”.
Como o transtorno no Estado é de longo prazo, a intenção do Governo do Rio Grande do Sul é fazer com que escolas, universidades e ginásios, que atualmente funcionam como abrigo improvisado, possam, aos poucos, ser liberados para que retornem às suas funcionalidades originais.
As cidades temporárias são estruturas que dispõe de dormitórios, divisórias, banheiros, chuveiros e toda a estrutura, inclusive com proteção térmica e de impermeabilização.
A contratação das empresas especializadas para executar o projeto deve acontecer na próxima semana e a partir da assinatura do contrato a montagem é prevista para ser concluída em 20 dias. O contrato prevê seis meses de funcionamento, período que pode ser renovado por mais meio ano.
Onde serão
Canoas
Local: Centro Olímpico
Área para instalação dos abrigos: 15 mil metros quadrados
Porto Alegre
Local: Complexo Cultural Porto Seco
Área para instalação dos abrigos: 30 mil metros quadrados
São Leopoldo
Local: Centro de Eventos
Área para instalação dos abrigos: 3.420 metros quadrados
Guaíba
Área ainda não identificada.
Estrutura necessária
- Administração
- Almoxarifado
- Atendimento médico (posto de saúde)
- Brinquedoteca com pelo menos 40 metros quadrados
- Espaços para animais de estimação
- Chuveiros e banheiros fora do espaço (não serão banheiros químicos)
- Cozinha comunitária
- Dormitórios – se possível, individualizado por família
- Espaço multiuso (televisão e computadores)
- Fraldário, área para amamentação e berçário
- Lavanderia coletiva
- Refeitório
- Espaço para a equipe de apoio
- Triagem
- Assistência social
MORADIAS FIXAS
O governo do Rio Grande do Sul também definiu um modelo de unidades habitacionais definitivas e de rápida implantação para atender as pessoas que perderam suas casas.
Um desses modelos de moradia, já homologado, tem 44 metros quadrados e terá 250 unidades construídas no Vale do Taquari a partir do dia 21 de maio. O prazo estimado para a montagem dessas casas é de 120 dias a partir do início das obras.
Outro modelo é chamado de módulo habitacional temporário transportável. Tem 27 metros quadrados e, segundo o governo, é possível entregar 200 unidades em 30 dias após a localização do terreno e viabilização de estrutura básica como água, esgotamento e energia elétrica. “Estamos fazendo uma licitação emergencial para contratação de 500 unidades”, disse o vice-governador. As unidades, diz Souza, serão entregues com móveis e eletrodomésticos.
Por fim, o governo prevê contratar, em até 40 dias, 2.500 unidades habitacionais de 53 metros quadrados. Essas casas terão dois dormitórios, sala com cozinha conjugada e banheiro. Assim que o terreno estiver pronto e com a infraestrutura necessária, a estimativa é de que as moradias sejam entregues em 90 dias.